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Capital

Com 6 milhões de m² e 10 mil empregos, grupo nasceu com betoneira emprestada

Em Campo Grande, onde está há 35 anos, a Plaenge ergueu 66 edifícios

Aline dos Santos | 31/05/2023 12:39
Empresa surgiu em 1970, fruto do sonho do fundador Ézaro Fabian (à direita na imagem). (Foto: Marcos Maluf)
Empresa surgiu em 1970, fruto do sonho do fundador Ézaro Fabian (à direita na imagem). (Foto: Marcos Maluf)

Responsável por construir seis milhões de metros quadrados e com geração de 10 mil empregos, a Plaenge, que chega aos 35 anos em solo campo-grandense, nasceu em 1970, no Paraná, numa versão bem mais modesta.

Era uma pequena sala, com duas máquinas de escrever, uma betoneira (máquina misturadora de concreto) emprestada e capital equivalente a R$ 5 mil. Ali estava o sonho de Ézaro Fabian, fundador do Grupo Plaenge, à época um jovem engenheiro.

Primeiro, a empresa se destinou à construção industrial e, depois de expandir para incorporação imobiliária, credita o bom desempenho a expertise em engenharia.

“Somos uma empresa de construtores. Muitas vezes as pessoas no veem pela incorporação imobiliária, mas, de verdade, a gente nasceu com a construção industrial. No Brasil, 60% das fábricas de Coca Cola foram construídas pela Plaenge. É um grande parceiro nosso”, afirma a superintendente Valéria Gabas.

A cartela de clientes neste segmento inclui lojas das Americanas e prédios para o Banco Itaú e Sicredi. A empresa é responsável por 430 empreendimentos em nove cidades brasileiras (Curitiba, Londrina, Maringá, Cuiabá, Campo Grande, São Paulo, Campinas, Porto Alegre e Joinville) além de 37 obras no Chile.

Édison Holzmann, diretor da Plaenge, grupo que há 35 anos chegou a Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf)
Édison Holzmann, diretor da Plaenge, grupo que há 35 anos chegou a Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf)

Em Campo Grande, aonde chegou em 1988, a construtora ergueu 66 edifícios, sendo cinco torres comerciais. “O primeiro prédio da [Rua] Bahia para cima, fomos nós que fizemos”, lembra o diretor Édison Holzmann. As marcas são Plaenge, focada no alto padrão, e Vanguard, voltada ao público jovem.

Para atender o gosto do cliente, o grupo desde 2019 passou a atuar também em loteamentos horizontais. São dois empreendimentos no Jardim Veraneio, região da Chácara dos Poderes. Com plano de expansão para mais sete.

"Somos uma empresa de construtores", afirma a superintendente Valéria Gabas. (Foto: Marcos Maluf)
"Somos uma empresa de construtores", afirma a superintendente Valéria Gabas. (Foto: Marcos Maluf)

De acordo com Daniela Soares, gerente regional de desenvolvimento urbano, a projeção é que dentro de cinco anos a arrecadação com o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano)  pela prefeitura chegue a R$ 30,4 milhões, advindo dos lotes, que antes tinha matrícula única. Em 2018, o imposto das áreas resultava na arrecadação de R$ 138 mil aos cofres do poder público.

Uma das compensações será a obra de viaduto, orçado em R$ 25 milhões, na BR-163, perto da Uniderp Agrárias. São R$ 16 milhões em contrapartida ao município em função de um condomínio, que trará um “boom” de moradores e de trânsito na região, e R$ 9 milhões a título de investimento.

Maquete mostra loteamento no Jardim Veraneio: diversificação para atender todos os perfis de clientes. (Foto: Marcos Maluf)
Maquete mostra loteamento no Jardim Veraneio: diversificação para atender todos os perfis de clientes. (Foto: Marcos Maluf)

 A Plaenge já tem autorização da CCR MS Via, concessionária que a administra a rodovia 163, e aguarda que a prefeitura conclua as desapropriações das áreas. A expectativa é que a construção comece no segundo semestre deste ano.

Decorados – Na Central de Apartamento Decorados, em Campo Grande, a reportagem visitou imóvel com custo de milhões.

Com 346 metros quadrados, equivalente a sete apartamentos populares (47 metros quadrados), o local tem o elevador já no hall de entrada. A decoração exibe peças de artistas plásticos renomados, com a possibilidade de descansar, com vista para o Parque das Nações, numa cadeira de balanço assinada por Oscar Niemeyer.

A música ambiente traz delicadezas, como o som mais grave na sala e mais sutil nos aposentos. A um toque, a cortina da suíte se abre, com possibilidade de automatização de todo o imóvel.

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