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Capital

Com alta demanda, Capital tem apenas 3 máquinas de ressonância no SUS

Em Campo Grande, o exame pode ser feito na Santa Casa, Hospital Regional e Hospital do Pênfigo

Por Mylena Fraiha | 12/06/2024 13:46
Técnico de hospital da Capital analisa imagens de RM (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami/Campo Grande News)
Técnico de hospital da Capital analisa imagens de RM (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami/Campo Grande News)

De problemas ortopédicos ao diagnóstico de câncer, a ressonância magnética (RM) é um dos exames mais eficientes em diagnóstico por imagem. Contudo, na rede pública de saúde da capital, os pacientes podem enfrentar uma longa espera para realizar o procedimento. A explicação para essa demora é que a Capital conta com apenas três máquinas de RM para atender pacientes via SUS (Sistema Único de Saúde).

A assessoria da Sesau, embora não tenha fornecido números exatos ou o tempo médio de espera, explicou que a demanda é alta. "O tempo de espera varia de acordo com a urgência do procedimento e a oferta de serviço, não sendo possível informar uma média de espera", afirmou a assessoria em nota encaminhada à reportagem.

Dados do CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde) indicam que, atualmente, o exame de RM pode ser realizado pelo SUS em três hospitais de Campo Grande: Santa Casa, Hospital Regional e Hospital Adventista do Pênfigo.

No entanto, a cidade possui 26 hospitais privados equipados com esse aparelho. A lista de hospitais privados que contam com o aparelho pode ser conferida no portal do CNES, por meio deste link.

Conforme explica o presidente do Sinmed/MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), Marcelo Silveira, a RM é um dos exames de imagem mais modernos da atualidade e é importante para realizar o diagnóstico de cânceres e de doenças neurológicas, ortopédicas, abdominais, cervicais e cardíacas.

"A ressonância magnética é um exame de imagem bastante importante porque permite ver detalhes de várias estruturas anatômicas. No rastreio de câncer, é muito importante porque traz muitos detalhes das alterações. É um exame bastante moderno”, explica Marcelo.

Por que demora? - O presidente do Sinmed/MS também aponta que o alto custo é uma das principais limitações para a disponibilidade do exame. "Não conseguimos ter esse equipamento em qualquer lugar, principalmente devido ao preço da aquisição, manutenção e a necessidade de mão de obra qualificada tanto para operar o equipamento quanto para interpretar os laudos das imagens".

Marcelo também destaca que um empecilho é a necessidade de ter espaço adequado para implementação da máquina e de mão de obra qualificada para operá-la. "Além da necessidade de treinamento de uma equipe qualificada, é preciso fazer adaptações, como garantir o fornecimento adequado de energia e preparar a sala de exame, pois o procedimento não pode ter contato com metais. Isso limita a disponibilidade do serviço em diversos locais".

Paciente faz exame de RM em hospital privado da Capital (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami/Campo Grande News)
Paciente faz exame de RM em hospital privado da Capital (Foto: Arquivo/Henrique Kawaminami/Campo Grande News)

Sobre o aumento das filas na rede pública de saúde, Marcelo explica que o número limitado de máquinas agrava o problema. "O exame é demorado e a máquina não consegue realizar um número ilimitado de exames por dia. Com uma disponibilidade limitada de equipamentos e alta demanda, a fila de espera aumenta. Normalmente, o público recorre ao Ministério Público ou judicializa o caso devido à demora."

Como alternativa emergencial, Marcelo sugere que o poder público faça licitações com clínicas particulares para a realização desses exames. "Isso é uma solução emergencial. A gente sabe que implantar esses equipamentos em curto espaço de tempo é algo que não vai ocorrer, já que precisa de várias adaptações".

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