Com Aquário à mostra, população garante que vai ajudar a fiscalizar
Governo vai levantar custo do empreendimento e anunciar quanto a retomada da obra deverá custar aos cofres estaduais
Os últimos tapumes que cercavam e impediam qualquer visualização do Aquário do Pantanal foram recuados na manhã desta quarta-feira (3). Mas o acesso não está aberto completamente. O muro provisório continua bem mais baixo, cerca de 10 metros mais próximo da obra, o que melhora bastante o acompanhamento do trabalho dos operários lá dentro. No primeiro dia com o empreendimento mais "descoberto", quem passou pela avenida Afonso Pena, se sentiu mais próximo do Aquário e capaz de fiscalizar o andamento da obra.
Ao se aproximar do Aquário, a administradora, Veridiana Casarotto, que mora na região e caminha todo dia no Parque das Nações, notou a mudança e de longe já tentava ver detalhes da obra. "É gigantesca, uma obra imponente", define ao chegar em frente ao empreendimento. Há um ano em Campo Grande, a administradora já conhece a história do Aquário do Pantanal. "Acho importante a retirada dos tapumes, porque assim a obra fica visível para todo mundo. Antes todo mundo se abaixava ou subia para ver a obra", lembra.
Com a obra "aberta", a administradora acredita que a mudança força a finalização. "Assim a população vai cobrar e a pressão será maior", explica. Veridiana defende que a com obra fechada a população não conseguia acompanhar. "Com o Aquário fechado parecia que estava sempre em obra, agora, assim, vai mostrar o andamento", completa.
Sem o muro de tapume, a diarista, Francisca Antonia Benites, conseguiu ver pela primeira vez o Aquário. "Eu já tinha visto, mas só pela televisão. E eu era muito curiosa para saber como é", conta. De perto, ela achou a obra bonita e acredita que está bem melhor aberta. "É importante porque vão ver que a população está vendo e vão continuar a obra", acredita. Com a proximidade do Aquário, Francisca reforça que aumenta o sentimento de que a obra precisa ser concluída. "É uma obra muito importante do Estado e tem que terminar logo".
Já para quem trabalha na região, a retirada do tapume não muda nada. "Para quem não acompanha o movimento, tirar o tapume faz muita diferença, mas pra gente que está aqui todo o dia, não muda nada", afirma o chapeiro, Paulo Flores Júnior, que trabalha em frente ao Aquário. Mesmo com o muro provisório, Paulo conseguia ver o andamento e explica que a falta de mudança é reflexo do tempo paralisado. "A obra está do mesmo jeito. Até a falha da estrutura por causa de uma chuva continua igual", detalha.
Em 2011, o empreendimento foi lançado com custo de R$ 80 milhões, seguiu até 2013, quando parou. Foi retomada em 2016, parando de vez no fim daquele ano. Após três anos parados e constantes paralisações já foram aplicados R$ 200 milhões.
Próximo passo - O Governo de Mato Grosso do Sul vai terminar o levantamento no empreendimento e anunciar quanto deverá custar aos cofres estaduais a retomada do Aquário. Em seguida, o Executivo estadual vai abrir uma nova licitação para contratar empresas, que serão responsáveis pela conclusão do empreendimento. O secretário de Infraestrutura, Murilo Zauith, afirma que, após a contratação e reinício, o Aquário do Pantanal ficará pronto em 1 ano.