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Capital

Com deficit de R$ 34 milhões, Prefeitura vê riscos de atraso de salários

Pedrossian Neto demonstrou preocupação com as finanças em reunião na manhã desta sexta-feira; prefeito disse estar em busca de soluções

Anahi Zurutuza | 21/04/2017 17:13
Reunião de Marquinhos Trad com o secretariado (Foto: PMCG/Divulgação)
Reunião de Marquinhos Trad com o secretariado (Foto: PMCG/Divulgação)

Com deficit de R$ 34 milhões e sem perspectiva de melhorar a arrecadação, a Prefeitura de Campo Grande pode atrasar no futuro o pagamento nos salários dos servidores e prolongará as dívidas com fornecedores.

O alerta foi feito pelo secretário municipal de Finanças e Planejamento, Pedro Pedrossian Neto, durante reunião do prefeito, Marquinhos Trad (PSD), com o secretariado nesta sexta-feira (21).

Depois de fechar o primeiro bimestre com as contas no azul, o município fechou o mês de março com deficit de R$ 34 milhões (veja o quadro). O município gastou R$ 98 milhões só com a folha de pagamento, sendo esta sua despesa mais alta.

Na reunião que durou três horas, Pedrossian afirmou que os desajustes das contas públicas estão se acentuando desde 2014.

O pagamento do salário dos servidores em dia neste ano só foi possível porque a prefeitura deixou de quitar dívidas com fornecedores e prestadores de serviços. “Chegará um momento em que as finanças ficarão insustentáveis”, avisou o secretário, conforme a assessoria de imprensa.

No fim do ano passado, as dívidas de curto prazo do município chegaram a somar R$ 366 milhões, segundo Pedrossian.

O secretário sinalizou que “na permanência desse quadro, com deficits crescentes, haverá riscos de manutenção do atual calendário de pagamento dos salários, além de fornecedores dos setores como educação e saúde”, conforme publicou a assessoria de imprensa da prefeitura sobre a reunião.

Marquinhos Trad disse estar em busca de uma solução diante da crise. “Não temos decisões tomadas, mas estamos debatendo com o nosso corpo técnico e político para fazer aquilo que salvaguarde nossa gestão para o bem coletivo e que cheguemos a 2018 preparados para a retomada do crescimento do país”.

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