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Capital

Com doença rara, paciente da Capital precisará viajar para fazer transplante

Há sete meses com doença, Carlos Saucedo precisará fazer transplante de medula óssea em outra cidade

Por Mylena Fraiha | 28/11/2023 16:19

Há sete meses, o atendente de posto Carlos Wilson Mejia Saucedo, de 47 anos, tem vivido uma rotina de idas e vindas ao hospital, após descobrir um raro tipo de câncer. Diagnosticado com linfoma de Burkitt, um tipo agressivo de câncer do sistema linfático, Carlos chegou a passar 24 dias seguidos em uma cama de hospital.

De acordo com sua esposa, Claudiane de Almeida Marinho, 44 anos, a descoberta aconteceu em abril e foi de forma repentina. “Foi em uma madrugada do dia 12 de abril. Ele estava com muitas dores. Nós fomos no Prontomed e lá, após exames, ele já ficou internado. Os médicos notaram que ele tinha uma massa estranha no corpo e identificaram que era um linfoma”, explica.

Desde então, Carlos passou por oito sessões de quimioterapia, sendo a última delas tão intensa que o deixou na UTI (Unidade de terapia intensiva), submetido à hemodiálise. "A quimioterapia é feita em um período de 20 dias. Então, por mês, nós ficamos 6 e 7 dias em casa, e os outros dias ficamos no hospital", compartilha Claudiane.

Desempregada, Claudiane explica que tem alternado sua rotina entre acompanhar Carlos no hospital e realizar trabalhos como motorista de aplicativo. “Em julho, eu fui demitida do trabalho e desde então tenho cuidado dele. Às vezes complemento a renda com viagens de aplicativo, enquanto a mãe dele cuida. Nós vamos revezando”, explica.

O novo desafio surgiu com a necessidade de Carlos passar por um transplante de medula óssea. Contudo, esse procedimento específico não é realizado em Campo Grande e o tratamento deverá ser feito fora da cidade. "A médica disse que ele precisará fazer um transplante de medula óssea. Mas os custos da cirurgia tentaremos cobrir pelo nosso plano de saúde. Se não conseguirmos, tentaremos via SUS (Sistema Único de Saúde)".

Até o momento, Claudiane explica que ainda não foi decidido qual será o local para realizar a cirurgia. "Provavelmente será em Belo Horizonte, mas ainda não confirmamos." Com o objetivo de ajudar Carlos, amigos e familiares tomaram a iniciativa de criar uma vaquinha on-line, para custear as despesas da viagem.

O objetivo é arrecadar R$ 30 mil, que irão custear passagem, hospedagem, alimentação e transporte do casal. "Ficaremos no mínimo uns 30 dias, de acordo com a médica", reforça Claudiane.

Em vídeo divulgado nas redes socais, Carlos também pediu colaborações e reforçou que "qualquer valor" será bem-vindo. A vaquinha on-line está disponível para contribuições e apoio à família. Interessados podem acessar por meio deste link.

A reportagem tentou contato com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) para saber se algum hospital de Campo Grande realiza transplante de medula óssea. Entretanto, até o fechamento desta matéria, não obteve resposta. O espaço segue aberto.

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