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Capital

Com fim de arbustos espinhosos, problema agora são árvores invadindo a calçada

Moradores querem calçada de concreto e fim de matagal atrapalhando a passagem em trecho de acesso ao bairro

Por Idaicy Solano | 22/03/2024 17:50
Trecho onde costumavam ficar os arbustos de coroa-de-cristo; local continua inacessível porque forma um pequeno morro (Foto: Paulo Francis)
Trecho onde costumavam ficar os arbustos de coroa-de-cristo; local continua inacessível porque forma um pequeno morro (Foto: Paulo Francis)

Oito meses após reclamação de arbustos da planta coroa-de-cristo, que ocupavam parte da calçada da Avenida Marinez de Souza Gomes, ao lado do muro do Residencial Damha 2, o obstáculo foi retirado, mas a dor de cabeça dos moradores do Parque Residencial Maria Aparecida Pedrossian continua. No lugar da planta espinhosa, agora os pedestres e ciclistas precisam enfrentar o monte de areia que ficou na calçada.

Além disso, os moradores reclamam de problemas de acessibilidade por causa do matagal alto, trânsito tumultuado, condutores que não respeitam o limite de velocidade e alagamentos em dias de chuva. Do outro lado da via, boa parte do alambrado, que delimita a área de preservação e a calçada, também está danificados, e as árvores crescem e invadem a passagem dos pedestres.

A manicure Jussara Padilha Viana, 62, pontua que quando o mato cresce demais na calçada, fica impossível passar, além de citar o trecho em que costumavam ficar os arbustos de coroa-de-cristo, onde não é possível passar pois não é plano.

Ela também observa que faltam bueiros para escoar a água da chuva e sinalização eletrônica para conter os carros, que transitam em alta velocidade. “Quando chove, alaga, as pessoas não têm uma calçada para andar. Na segunda curva [de acesso ao bairro], já vira um aguaceiro. Tem vezes que não dá pra passar o carro”.

A manicure questiona a viabilidade de construir uma ciclovia no trecho, além de uma calçada de concreto, para diminuir os riscos de ciclistas e pedestres no trânsito, e cita o exemplo do Parque dos Poderes, que também é uma área de preservação e possui ciclovias. “Aqui precisa de uma ciclovia, porque as pessoas morrem, batem, quebram, assim como já morreu uma pessoa ali. Então eu acho que tem que ser tomada uma providência”.

Jussara diz que trecho precisa de calçada de concreto e ciclovia para melhorar a segurança dos pedestres (Foto: Paulo Francis)
Jussara diz que trecho precisa de calçada de concreto e ciclovia para melhorar a segurança dos pedestres (Foto: Paulo Francis)

O motoboy Luciano Junior, 58, conta que transita pela rua com cautela, pois sabe que muitos pedestres e ciclistas passam pelo asfalto para desviar dos obstáculos. Ele reclama que os condutores também não respeitam a velocidade máxima do trecho, que é 40 km/h. A solução, de acordo com o motoboy, seria a instalação de fiscalização eletrônica no trecho. “Uma lombada eletrônica vai mexer com o bolso dos motoristas”.

Luciano também reclama que não há muitos bueiros ao longo do trecho, e por isso ali alaga bastante. “Quando chove, tenho que passar com os pés levantados, na curva de baixo e na curva de cima alaga tudo”.

A dona de casa Basília Almeida, 60, comenta que o bairro possui muitas crianças, idosos e animais de estimação, que correm risco de atropelamento, pois os condutores não respeitam a velocidade do trecho. “Os motoqueiros passam por aqui como loucos. É muito perigoso, os motoristas não respeitam, passam em alta velocidade, não tem calçada para os moradores passarem”.

Do outro lado da via, alambrado está danificado e árvores invadiram o espaço destinado à passagem de pedestres (Foto: Paulo Francis)
Do outro lado da via, alambrado está danificado e árvores invadiram o espaço destinado à passagem de pedestres (Foto: Paulo Francis)

Segundo o representante da associação de moradores do bairro, Jânio Batista de Macedo, de 64 anos, em dezembro de 2023, os moradores reuniram fotos e relatos em um documento, encaminhado ao Ministério Público, para pedir para o órgão investigar e buscar providências para resolver o problema do trecho.

No documento, foi requisitada a recuperação do alambrado, melhoria na calçada, sistema eletrônico de controle de velocidade e mais placas alertando a travessia de animais.

“Quase toda semana tem morte de animais, já teve acidentes, atropelamentos. Por ser uma via sinuosa, os moradores, para irem para o Tiradentes, para ir trabalhar no Damha, ou para ir para a cidade, às vezes de bicicleta, ou a pé, precisam usar a calçada. A calçada sempre está com o mato elevado, tem árvores que saem de dentro do alambrado, ou já está crescendo ali na calçada e não permite os moradores andarem”, finaliza.

A reportagem procurou a Prefeitura de Campo Grande para levar os questionamentos e reclamações dos moradores do Parque Residencial Maria Aparecida Pedrossian. Por meio de nota, a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) informou que irá verificar a situação no local.

No entanto, a pasta ressalta que calçadas são de responsabilidade dos proprietários. "[...] Iremos adotar os procedimentos necessários e que forem da competência do município para atender da melhor forma possível os usuários da via", encerra o texto.

[ * ] Matéria alterada às 19h57 de 23/3/2024 para retorno da administração municipal.

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