Arbustos espinhosos "lotam" calçada de condomínio e atrapalham pedestres
Com problemas desde o ano passado, moradores relatam que já oficializaram pedido de poda dos arbustos
Desde o ano passado, moradores do Parque Residencial Maria Aparecida Pedrossian têm feito reclamações sobre o tamanho dos arbustos da planta coroa-de-cristo que “tomaram conta” da calçada da Avenida Marinez de Souza Gomes, ao lado do muro do Residencial Damha II.
De acordo com moradores, essa situação tem dificultado a circulação das pessoas e colocado em risco a segurança dos pedestres. O professor aposentado Jânio Macedo, de 64 anos, relata que mora na região há anos e que nos últimos meses existem trechos em que a calçada não pode ser utilizada para caminhadas ou deslocamentos seguros para o trabalho.
“Eles plantaram essa coroa de espinhos que tomou conta da calçada. Ano passado, pedimos para retirar essa coroa de espinhos, porque a calçada é muito estreita e sinuosa, isso tem atrapalhado os pedestres”, explica o professor aposentado.
Muito usada para proteger e demarcar jardins, o arbusto, também conhecido como coroa-de-espinhos, pode chegar até 2 metros de altura, caso não seja podada. Entretanto, a medida de proteção do condomínio tem se tornado um problema para moradores que querem utilizar a calçada.
Eles plantaram para garantir a segurança, mas eles têm todo um equipamento para segurança, com câmeras, cerca elétrica. Não há necessidade de utilizar essa planta”, relata Jânio.
O zelador Almindo Ximenes, de 53 anos, também notou que os arbustos têm atrapalhado o deslocamento de trabalhadores que andam a pé. "Esse caminho aqui é muito complicado, o pior horário é de manhã. Eu sou morador do Noroeste e para ir para casa, tenho apenas duas opções: passar por aqui e cortar dentro do bairro ou ir pela BR, mas esse caminho é como um atalho".
Ao Campo Grande News, ele também destacou a falta de iluminação, tornando o percurso perigoso à noite. “Isso aqui a noite é um perigo, então eu sempre tento sair no máximo 16h pra não pegar esse trajeto perto do horário de escurecer, é carro e caminhão que passam em alta velocidade, e sem falar que não tem uma iluminação aqui”, ressalta Almindo.
Solução - Em busca de uma solução, os moradores formalizaram ofícios solicitando a desobstrução da calçada, que fica ao lado da Avenida Marinez de Souza Gomes. A solicitação inclui a retirada de galhos e o desbaste dos arbustos. “Tem que diminuir essa coroa de espinhos ou fazer a retirada. As pessoas precisam ter condições de circular pela calçada”.
Os moradores também expressaram sua frustração em relação à falta de ação por parte da prefeitura. Apesar das solicitações e dos ofícios enviados, eles afirmam que não têm obtido resposta satisfatória. “A Prefeitura não alega nada e não faz o serviço”, comenta.
A reportagem entrou em contato com a direção do Residencial Damha Campo Grande II e com a Prefeitura de Campo Grande para saber se há alguma previsão de poda dos arbustos.
Em resposta, a Prefeitura pontuou que a Lei n. 2.909, que institui o Código de Polícia Administrativa do Município de Campo Grande, determina que os proprietários dos imóveis que sejam lindeiros a vias ou logradouros públicos dotados de calçamentos ou guias sarjetas, edificados ou não, são obrigados a construir o passeio fronteiriço e mantê-los em perfeito estado de conservação.
Caso transcorrido o prazo da notificação e o proprietário não a cumpra, é multado em R$ 29,45 por metro de testada do seu imóvel.
Em relação à ocupação da calçada do Damha II, a Prefeitura pontuou que irá investigar a situação. "Solicitamos o protocolo do pedido da Amape para verificar o andamento da denúncia", afirma a Sisep (Secretaria Municipal De Infraestrutura E Serviços Públicos) em nota.
Até o fechamento da matéria, a reportagem não obteve resposta por parte do condomínio. Entretanto, o espaço segue aberto para futuras manifestações.