Com laboratório, população participa de readequação da Esplanada Ferroviária
Depois do encerramento das atividades do Laboratório, um relatório será entregue para a Prefeitura até outubro
Com debates, palestras, encontros abertos e oficinas, o Laboratório Urbano Efêmero de Campo Grande vai ouvir até o dia 23 de setembro as demandas e ideias da população para a readequação da Esplanada Ferroviária, na Avenida Calógeras, no bairro Cabreúva.
O convênio da prefeitura no valor de R$ 200 mil atende uma exigência feita pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para o Reviva Campo Grande. “Uma exigência que vai ao encontro do que estamos fazendo na gestão: ouvir a população”, apontou o prefeito, Marquinhos Trad (PSD), durante a atividade Café com Histórias, na manhã desta sexta-feira (6).
Marquinhos ainda destacou a importância da ação. “Eu não iniciei nenhuma obra sem ouvir a população, se não vai dar problema”, disse.
A coordenadora do Reviva Campo Grande, Catiana Sabadim, explica que a Prefeitura investiu na metodologia antes de conceber os projetos. “A ideia desse movimento é trazer a população, ver como ela se apropria do espaço, o que pensa desse espaço para então fazer um projeto mais inclusivo e participativo”, detalhou.
Depois do encerramento das atividades do Laboratório, o Coletivo Translab.Ubr, responsável pela consultoria, entregará para a Prefeitura de Campo Grande um relatório apontando quais as demandas da população para a Esplanada. A análise qualitativa do espaço deve ser entregue até outubro deste ano.
Segundo Catiana, o relatório será usado como base. “Para eu fazer uma obra eu preciso de um projeto. Esse relatório é para basear o que fazer aqui na Esplanada. A partir dele vamos montar um termo de referência e abrir uma licitação”, explicou. A expectativa é que a licitação seja aberta em 2020. “Com o projeto pronto, a gente vai saber quanto fica e ai vamos atrás de recurso”, completou.
Laboratório Urbano Efêmero – As atividades do Laboratório começaram no dia 19 de agosto e seguem até o dia 23 de setembro, das 9h às 21h, de segunda-feira a domingo.
Integrante da equipe do Laboratório, o psicólogo social, Rafael Aurélio Knedel, detalha que durante um mês o espaço do Armazém Cultura é usado para coletar as necessidades das pessoas para as futuras intervenções de toda a Esplanada, que tem 94 mil metros quadrados. “Vamos juntar essas ideias, fazer uma análise e entregar um relatório que será devolvido para a cidade”, afirma.
Segundo ele, o convênio vai potencializar o uso da área. “Esse espaço, do jeito como está é muito subutilizado. A requalificação desse espaço vai proporcionar um espaço renovado para as pessoas utilizarem”, defendeu.