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Capital

Com morte cerebral, defensora vítima de incêndio deve ter órgãos doados

Marta Ferreira | 04/10/2011 09:42

O marido da defensora também segue internado e quadro é considerado grave

Falta de orientação sobre procedimentos básicos em casos de incêndio contribuiu para gravidade da ocorrência, segundo bombeiros. (Foto: João Garrigó)
Falta de orientação sobre procedimentos básicos em casos de incêndio contribuiu para gravidade da ocorrência, segundo bombeiros. (Foto: João Garrigó)

Seguem internadas quatro vítimas do incêndio que atingiu, na madrugada de domingo, o edifício Leonardo da Vinci, em Campo Grande.

Embora o hospital Miguel Couto, da Unimed, não forneça informações atualizadas, a família da defensora pública Kátia da Silva Soares Barroso, de 37 anos, já foi informada que o quadro dela é irreversível, por estar em morte cerebral, segundo apurou a reportagem.

A família já informou o interesse em doar os órgãos de Kátia, assim como foi feito com o publicitário de 24 anos morto no incêndio, no domingo, Giovanni Sergio Dolabani Leite.

Ontem, a Defensoria Pública chegou a divulgar em nota o falecimento de Kátia, e depois retirou a informação do ar, por estar errada. Ainda estavam sendo feitos exames neurológicos para confirmar o quadro de morte cerebral, definida como a perda irreversível das funções do cérebro. Neste caso, a pessoa tem a sobrevida mantida graças a aparelhos.

O marido de Kátia, o também defensor Francisco José Soares Barroso, está internado no mesmo hospital, e o quadro dele é considerado grave, com comprometimento dos rins. Ele está sendo submetido a hemodiálise.

O filho do casal, João Manoel, de 7 anos, teve alta ontem do CTI (Centro de Terapia Intensiva) da Santa Casa de Campo Grande e foi para o quarto.

Também está internado o servidor do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), Eudovando Barbosa Silveira, na Clínica Campo Grande. O hospital não fornece informação sobre o estado de saúde dele.

Como foi-O fogo no edifício Leonardo Da Vinci começou ontem por volta das 2 horas de domingo, no apartamento 904 do 9º andar, na segunda torre.

A Polícia Civil está investigando as causas do incêndio e deve fazer nova perícia no prédio. A Plaenge, construtora do prédio, informou que enviou técnicos ao local e que não foram idenficados problemas na estrutura.

Conforme a empresa, foi feita a recomendação para reforma das instalações hidráulicas e elétricas.

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