Com placas e diversos objetos, calçada é transtorno para pedestres
Além disso, os veículos têm de transitar por uma das principais ruas da região sul desviando dos objetos
A calçada ideal conta com área de passeio, piso tátil, rampas e espaço para trânsito de pedestres, chamada de área de passeio. No entanto, no trecho duplicado da Rua da Divisão, a situação é crítica para as pessoas e veículos que transitam cotidianamente pelo local.
A via é importante para a ligação do Guanandi, Jardim Parati, Aero Rancho até a Avenida Guaicurus, na região sul de Campo Grande. O trecho problemático citado está entre a Rua do Piano e Avenida Graça Aranha.
A reportagem percorreu esse trecho e se deparou com vários cenários que não permitem o trânsito tranquilo dos pedestres. Foram encontradas placas de publicidade, eletrodomésticos, mesas, cadeiras, camas, vassouras, churrasqueiras e armários.
Além disso, nem o canteiro central da rua 'escapa' de se tornar ponto de propaganda para o comércio. Nele foi observado anúncio de loja de roupa e de um restaurante da região.
Conforme a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), é proibido "embaraçar ou impedir por qualquer meio o livre trânsito de pedestres e veículos nas ruas, praças, calçadas, estradas e caminhos públicos". O texto é com base no Código de Polícia Administrativa do Município de Campo Grande.
Relatos - A aposentada Cleonice Nogueira, de 69 anos, disse que já viu essa situação em vários pontos da cidade. Nascida em Corumbá, a mulher relatou que presenciou uma queda na Rua da Divisão.
Meu medo é tropeçar numa placa e cair. É uma dificuldade que eu encontro nas calçadas. Deveria ter uma fiscalização da prefeitura que monitorasse isso", alegou Cleonice.
O vendedor Rafael Domingues, de 34 anos, informou que nunca presenciou algum acidente. Mas que já encontrou placas caídas nas calçadas e nas ruas. "Para dirigir é preciso um pouco mais de atenção. Incomoda e atrapalha, sim", disse.
O aposentado Cláudio Luiz Maia, de 65 anos, explica que não é somente o incômodo na hora de caminhar e sim também o incômodo relacionado à poluição visual. "Tem algumas que atrapalham a passagem. Tem uma que está em rampa de acessibilidade. Deveria ser regulamentado algo que fizesse uma padronização", opinou.
Nunca houve reclamação - Os comerciantes entrevistados disseram que nunca houve reclamação em relação aos objetos e publicidade colocados na calçada, rua e canteiro. A vendedora Neide Cristina Nascimento, de 55 anos, disse que é novidade.
"Estou há dois anos e meio e nunca recebi reclamação sobre os produtos expostos. Para mim, a reclamação é novidade. Em alguns outros pontos, vejo que realmente atrapalha, com passagem pequena."
Para Neide, os objetos 'à mão' até ajudam o cliente na hora de comprar o produto. "O que atrapalha mesmo são as bicicletas e até mesmo as motos que passam em cima da calçada", opinou.
O dono de conveniência Jefferson Sei, de 35 anos, também destacou que nunca recebeu reclamação. Ele tem mesas e cadeiras próximo ao seu estabelecimento na mesma via.
"Eu tinha até placas em frente à loja. Mas a Agetran notificou todo mundo que tinha as placas. Alguns comerciantes também tiraram", finalizou.
No complemento da nota, a Semadur informou que somente em caso de obras públicas ou exigências policiais é que a passagem pode ser obstruída. A multa para quem infringe a lei varia entre R$ 588,90 e R$ 2,944,50. Para denunciar, o caminho é a Central de Atendimento 156.
Confira a galeria de imagens:
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News.