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Capital

Com protetores de animais aos montes, OAB faz cadastramento

Comissão quer saber qual é a situação de animais abandonados já que muitos protetores suspenderam resgates

Caroline Maldonado | 21/06/2022 14:00
Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos dos Animais da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul), Adriana Carvalho de Santos, e animais de protetor na Capital (Foto: Divulgação/OAB-MS)
Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos dos Animais da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul), Adriana Carvalho de Santos, e animais de protetor na Capital (Foto: Divulgação/OAB-MS)

A Comissão de Defesa dos Direitos dos Animais da OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul) está fazendo um levantamento para identificar protetores independentes e ONGs (Organizações Não-governamentais) que atuam com animais em Campo Grande. Cada vez mais protetores pedem ajuda, relatando situações de extrema dificuldade e endividamento, por isso a comissão fará seu próprio levantamento.

A presidente da comissão, Adriana Carvalho de Santos, conta que os advogados esperam visitar um total de 100 residências ou entidades. “Já fizemos visita a 20 protetores e temos mais 15 agendados. Pedimos que eles nos procurem para agendarmos a visita para vermos a realidade de cada um e inserir nesse levantamento", explica Adriana.

A comissão estima que se existem tantos protetores pedindo ajuda constantemente e relatando que não estão mais atendendo a chamados de resgate, então devem existir muitos animais abandonados nas ruas.

Entre as visitas já realizadas, muitos protetores contam que estão endividados sem condições de arcar com despesas de alimentos, medicamentos e internações clínicas, segundo Adriana.

Protetora mostra cachorro resgatado das ruas em visita de membros de comissão da OAB (Foto: Divulgação/OAB)
Protetora mostra cachorro resgatado das ruas em visita de membros de comissão da OAB (Foto: Divulgação/OAB)

“Muitos dizem que nunca receberam uma visita para saber da situação. A OAB é uma das instituições mais sérias do País e como advogada senti que para documentar tudo isso eu preciso ver o que está acontecendo, não é pedir para alguém ir, nós estamos indo, porque isso traz veracidade e legitimidade para falarmos sobre o assunto”, comenta Adriana.

A comissão quer descobrir quanto essas pessoas devem às clínicas e a quantidade de ração que os animais consomem por mês. "A maioria faz rifa e faxina para sustentar os animais, outros usam o dinheiro da aposentadoria”, relata Adriana.

Com o diagnóstico da comissão, a diretoria da entidade vai analisar a necessidade de propor medidas administrativas e legais de competência do Estado e Município, conforme a assessoria de comunicação da OAB.

Contato - Protetores e entidades que atuam no socorro e abrigo a animais na Capital podem entrar em contato com a comissão da OAB pelo telefone (67) 9 9873-0770 para agendar visita e fazer parte do levantamento.

Subea - Segundo dado divulgado recentemente pela Prefeitura de Campo Grande, em um ano, 5 mil animais de ONGs e protetores receberam atendimento gratuito e itinerante da Subea (Subsecretaria do Bem-Estar Animal).

Entre maio de 2021 e o mesmo mês deste ano, 2.484 gatos e 2.525 cães receberam assistência veterinária, vacinação, vermifugação e microchipagem, conforme a prefeitura.

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