Com região em obras, moradores do Bálsamo se enchem de expectativa
Máquinas a todo o vapor dão o tom do andamento das obras viária da região do córrego Bálsamo. Aos poucos, a terra das ruas dá espaço ao piche, e à medida que o asfalto toma conta da nova avenida, a expectativa dos moradores só aumenta.
Para o comerciante Gelson Oliveira Rocha, 41 anos, as obras cheiram melhoria. “A Prefeitura também prometeu Centro de Reciclagem, Centro Comunitário, poliesportivo e ciclovia”, enumera, com as benfeitorias na ponta da língua. Ele tem um bar que fica às margens da nova avenida, e acredita que a região só tem a crescer.
A opinião de Gelson é compartilhada com 100% dos moradores ouvidos pela reportagem do Campo Grande News. Em uma rápida peregrinação pelas casas da região onde as máquinas trabalham, os depoimentos são unânimes, de que o bairro, que antes era esquecido pelo poder público, agora tende até a expandir comércio.
A nova avenida, prevista para ficar pronta até o final do ano que vem, interligará o Macroanel até a avenida Guaicurus. Para a dona de casa Cleonice Nunes Rocha, 48 anos, a pavimentação pode trazer até mais segurança para o bairro. “Tenho visto até mais viaturas da polícia passar por aqui”, comenta.
Moradora recente do Cristo Redentor, ela espera usufruir das coisas boas que a avenida promete trazer para a região. “Antes não dava nem para andar aqui, de tanto barro, as ruas eram esburacadas, agora está lindo”, lembra Cleonice.
De olho no trabalho dos operários, o aposentado Diolindo Rosa Delgado, 69 anos, acompanha os passos da obra encostado na cerca da própria casa. “Ainda nem está pronto e já está bonito”, comenta. Ele acredita que com a avenida, o bairro ganhará muitas casas novas também.
Aposta certa de “seo” Diolindo. A compra de casas e terrenos já aumentou na região. A técnica de saúde bucal Libera Paula Dal Agnol, 32 anos, mora a meia quadra de onde vai passar a avenida, e há mais ou menos seis meses ela recebeu proposta para vender o terreno. “Me ofereceram R$ 20, mas não aceitei”, lembra, afirmando que ainda nem sabia do projeto.
Até para quem irá ter o patrimônio prejudicado, as obras são bem vindas. A avenida irá pegar três metros do terreno do micro-empresário José Barbosa Sobrinho, 48 anos, que usufrui do quintal para o próprio trabalho. Mas para ele, isso é o de menos, tanto que mesmo sem saber o valor da indenização que receberá da Prefeitura, disponibilizou o terreno para as obras.
Há 13 anos na região, ele foi para lá buscando vento para secar o gesso que fabrica, e agora a nova avenida passará no portão da casa dele. “Vai ser bom até para o meu negócio, vou ficar em uma via movimentada, e estou até me programando para reformar aqui para dar uma cara nova”, conta.