Comerciante achou que assassino era policial e indicou onde estava a vítima
Michael Vitor da Silva, de 21 anos, foi assassinado a tiros no banheiro do comércio
Dono do comércio no Bairro Aero Rancho, em Campo Grande, onde Michael Vitor da Silva, de 21 anos, foi assassinado na noite desta segunda-feira (5), afirmou que apontou a localização da vítima por acreditar que o assassino se tratava de um policial. "Não é comum ver alguém utilizando colete a prova de balas", disse ao Campo Grande News na manhã desta terça-feira (6).
O homem, de 61 anos, conversou com a reportagem, mas pediu para ter o nome preservado por medo. Ao mostrar as marcas de tiros que ficaram no local, contou que estava no caixa do comércio, quando Michael entrou correndo. "Foi lá para o fundo e não falou nada", lembra.
Na sequência, o atirador também acessa o estabelecimento. "Apareceu um homem de colete e eu pensei que era um policial do Choque que tivesse perseguindo ele". O comerciante, então, apontou para a direção que Michael correu. "Eu avisei que o menino estava no fundo e ele [atirador] foi para lá. Quando eu saí, vi que tinha um Gol aqui na frente e o homem saiu e entrou nele. Foi aí que eu percebi que não era policial", lamenta.
O comerciante diz que ouviu cerca de 10 tiros. Ainda, afirma que se o rapaz tivesse acessado uma porta que tinha aos fundos do estabelecimento, talvez teria escapado. "Ele acabou entrando num beco sem saída. Foi um susto muito grande", lamenta o comerciante.
O Corpo de Bombeiros Militar chegou a ser acionado, mas a vítima já estava sem sinais vitais quando equipe chegou. Além do socorro, equipes da PM (Polícia Militar) e Polícia Civil estiveram no local.
À reportagem, a equipe do 10º BPM (Batalhão de Polícia Militar) informou que sete cápsulas de 9 milímetros foram encontradas ao lado do corpo de Michael. Além disso, o corpo apresentava perfurações nas costas, perna direita, nádega, pescoço, peitoral, lateral direita próximo a costela e mão esquerda.
De acordo com o boletim de ocorrência, no veículo Gol, que deu apoio para a execução do crime, possivelmente havia três ocupantes. Até o momento ninguém foi preso.
Conforme dados abertos disponibilizados pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), Michael tem diversas passagens policiais. Entre elas, tráfico de drogas, ameaça, furto e injúria.
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