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Capital

Coreógrafo suspeito de abusos consegue habeas corpus para usar tornozeleira

“Tribunal de Justiça fez justiça ao conceder o habeas corpus ao coreógrafo Tom Brasil”, afirmou defesa

Geisy Garnes | 16/11/2017 16:32
Casos ficaram conhecidos depois que uma das vítima fez um desabafo no Facebook (Foto: André Bittar/ Arquivo)
Casos ficaram conhecidos depois que uma das vítima fez um desabafo no Facebook (Foto: André Bittar/ Arquivo)

Após mais de um mês foragido, o coreógrafo Ewerton Cesar Ferriol Icasati, conhecido como Tom Brasil, conseguiu habeas corpus e vai responder aos sete estupros pelos quais é investigado em liberdade. A decisão foi concedida nesta quinta-feira (16) e determinou o uso de tornozeleira eletrônica para o suspeito.

Por unanimidade, os desembargadores do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) concederam o habeas corpus a Tom Brasil. Ele estava foragido desde o dia 6 de outubro, quando teve a prisão preventiva decretada.

Segundo a advogada Luciana Abou Ghattas, sócia do escritório Fábio Trad Advogados, na decisão os desembargadores consideraram que Tom possui os comemorativos para responder em liberdade e não apresenta perigo solto. “O próprio tribunal percebeu que os relatos tem inúmeras contradições e oportunizou para que o Tom Brasil respondesse em liberdade”.

Para isso, no entanto, Tom terá que usar tornozeleira eletrônica e comprovar residência e trabalho mensalmente em juízo. “Agora a defesa vai poder comprovar que Tom Brasil é inocente. O tribunal de Justiça fez justiça ao conceder o habeas corpus ao coreógrafo Tom Brasil”, afirmou a advogada.

O próximo passo, segundo Luciana, é negociar com a delegada responsável pelo caso uma data para que o cliente seja ouvido, já que até então o coreógrafo não foi intimado.

Caso - As denúncias começam em 2008, geralmente com meninas de 15 a 17 anos, convidadas para dançar na companhia através de um projeto social em escolas estaduais, e por períodos de um a dois anos. Os casos ficaram conhecidos depois que uma das vítima fez um desabafo em seu perfil dela no Facebook.

Cansada do silêncio, a estudante Cissa Nogueiro foi a público para relatar que, durante dois anos, quando era adolescente, sofreu abusos enquanto era dançarina na companhia de Tom Brasil. Depois, as outras vítimas foram surgindo.

A mãe de uma delas, uma menina de 15 anos, foi a primeira a denunciar o professor que, conforme o relato, exigia sexo para que as garotas pudessem dançar na companhia dele.

Tom Brasil é investigado pelo estupro de sete garotas de sua companhia de dança e teve a prisão preventiva decretada no dia 6 de outubro. Segundo a delegada responsável pelas investigações, Marília Brito de Depca (Delegacia Especializada de Proteção ), em todos os casos, o mesmo depoimento: as vítimas eram coagidas a fazer sexo com o então professor.

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