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Capital

Corregedoria vai investigar ação policial que terminou com jovem baleada

Vítima continua internada na Santa Casa, onde deve passar ainda nesta manhã por procedimento cirúrgico

Por Viviane Oliveira | 31/01/2024 11:41
Jovem na Santa Casa aguardando para fazer cirurgia (Foto: Direto das Ruas) 
Jovem na Santa Casa aguardando para fazer cirurgia (Foto: Direto das Ruas)

A Corregedoria-Geral da Polícia Civil vai instaurar procedimento para apurar as circunstâncias da ação da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) que terminou com uma jovem de 18 anos baleada na perna, no Bairro Tiradentes, em Campo Grande, na tarde de segunda-feira (29).

A vítima não tinha nada a ver com a abordagem, que estava a cerca de 100 metros do local. Por meio de nota, a Polícia Civil reforçou que a instituição reitera seu compromisso com a integridade da comunidade e a devida responsabilização em casos de condutas inadequadas por parte de seus membros. “A Polícia Civil lamenta profundamente o incidente e, desde o momento em que tomou conhecimento, está em contato direto com a vítima e seus familiares”.

Mais cedo, a assessoria de imprensa da instituição havia encaminhado nota dizendo que a jovem estava em casa e passava bem, mas na sequência corrigiu a informação. “A vítima passa bem, porém, continua internada para a realização de uma cirurgia, com previsão de alta médica nesta quarta-feira”.

À reportagem, a mãe da jovem, Adriana Miguel Vicente, de 54 anos, disse que a filha não está bem. “Ela vai passar por procedimento cirúrgico, não foi tiro de raspão”, disse. Segundo ela, ainda nesta manhã vai registrar boletim de ocorrência contra a ação que terminou com a filha baleada. "Eu não sou bandida, minha filha não é bandida. Quem tem medo da polícia é bandido", destacou.

A filha, segundo Adriana, teve hemorragia intensa e foi socorrida por uma vizinha até o CRS (Centro Regional de Saúde) do Bairro Tiradentes. Depois, foi levada pela família para a Santa Casa. Segundo a mãe, não havia ambulância para fazer a transferência para o hospital. “O que aconteceu com a minha filha podia ter sido mais grave, a bala atravessou a perna dela, mais um pouquinho ia afetar a veia femoral [o que poderia ser fatal]. Não vou deixar passar em branco”.

Ação - Conforme a Denar, o local da abordagem, na Rua da Flauta, é conhecido como “minicracolândia” ou “beco”. Policiais monitoravam a região, na tarde desta segunda-feira (29), onde usuários de drogas e traficantes se aglomeram. Ao observar a aproximação da polícia, um grupo se dispersou.

O delegado André Luis de Mendonça Fernandes explicou que um dos suspeitos, armado com faca, ameaçou atacar um agente, quando se viu sem saída. “Ele percebeu que os suspeitos estavam correndo em cima dele, se identificou como policial, deu voz de abordagem, o que não foi atendido. Um dos suspeitos estava com uma faca”.

Segundo o delegado, o policial disparou contra o muro como advertência. “O disparo ricocheteou e atingiu uma pessoa que não tinha relação com a abordagem, que estava a cerca de 100 metros do local”. “Foi uma fatalidade”, ponderou o delegado Hoffman D’Ávila Cândido e Sousa, também da Denar. A ação resultou em três prisões e apreensão de drogas, conforme divulgado pela Polícia Civil.

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