Correios vão à Justiça para por fim a piquete e redistribuem encomendas
Grevistas fazem piquete em frente a portão da unidade na Capital de onde saem as correspondências para o restante de MS
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos informou, por meio da assessoria de imprensa, que vai à Justiça contra o piquete de grevistas em frente ao CTCE (Centro de Tratamento de Cargas e Encomendas), que impede da chegada e saída de caminhões com encomendas e correspondências desde 4h desta quinta-feira (21).
Além de ir ao TRT (Tribunal Regional do Trabalho), conforme a assessoria de comunicação, para evitar atrasos nas entregas, os caminhões que chegam a Campo Grande trazendo correspondência de todo o Brasil estão sendo direcionados para outras unidades dos Correios na Capital, onde serão separadas e distribuídas para o Mato Grosso do Sul.
Protesto – Os grevistas fazem o piquete em busca de mais adesões para a greve que não fechou agências em Campo Grande.
André Luiz Pereira, advogado do Sintect-MS (Sindicato dos Trabalhadores do Correios e Telégrafos de Mato Grosso do Sul), disse mais cedo que os manifestantes só sairão do local por ordem judicial. “Estão em estado de greve, é manifestação pacífica, eles não estão impedindo a entrada de quem quer trabalhar. Então, não tem motivo para a polícia estar aqui”.
No pátio da central de distribuição, ao menos cinco carretas e quatro vans estão estacionadas, sem poder sair. O CTCE recebe encomendas e cartas de todo o Brasil, vindas da central de São Paulo, e distribui para o restante do Estado.
Os manifestantes trancaram o portão com uma corda e fita crepe e afixaram cartazes com os dizerem “Estamos em greve” e “Greve dos Correios” na grade.
Por volta das 8h30, três equipes PM (Polícia Militar) chegaram ao local.
A assessoria de imprensa dos Correios informou que ainda não dimensionou os prejuízos.
Greve - Trabalhadores dos Correios de Mato Grosso do Sul aderiram à paralisação nacional da categoria, desde às 22 horas desta terça-feira (19).
Nesta semana, Elaine Regina Oliveira, presidente do sindicato, disse à reportagem que a greve ocorre devido atraso no início das negociações salariais, redução de direitos e benefícios da categoria.