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Capital

Cresce número de escolas públicas que "furam" a greve na Capital

Filipe Prado | 12/11/2014 17:02
A escola do Jardim Noroeste é uma das 43 que continuam funcionando (Foto: Alcides Neto)
A escola do Jardim Noroeste é uma das 43 que continuam funcionando (Foto: Alcides Neto)

O número de escolas que aderiram à greve diminuiu, em relação à quinta-feira (6), dia do início da paralisação. De acordo com o levantamento da Semed (Secretaria Municipal de Educação), o número de escolas que furaram o movimento passou de 37 no primeiro dia para 43 hoje. O número de estabelecimentos em greve caiu de 57 para 51 das 94 existentes.

A Escola Municipal Ione Catarina Gianotti Igydio, no Jardim Noroeste, está recebendo os alunos normalmente. A dona de casa Ivone da Silva, 52 anos, apoiou o funcionamento da escola. “Não tenho o que reclamar da escola. Eles não vão precisar repor as aulas e não irão prejudicar o ano letivo deles”, comentou.

As escolas Arlindo Lima, região central, e Etalívio Pereira Martins, Bairro Monte Castelo, também não aderiram à greve. Os professores do Monte Castelo se reuniram, após a primeira assembleia, e decidiram continuar às aulas para não prejudicar os alunos.

O filho de Adriana Eufrásio, 34, estuda no 4º ano da Escola Etalívio Pereira Martins. Ela entende que o protesto dos professores é certo, mas não apoia a greve. “Eu fico preocupada com mo ano letivo. Eles ficam atrasados e depois precisam repor em dezembro ou no começo de janeiro”, afirmou.

Ivone acreditou que a greve iria prejudicar o ano letivo dos alunos (Foto: Alcides Neto)
Ivone acreditou que a greve iria prejudicar o ano letivo dos alunos (Foto: Alcides Neto)

Eunice Ferreira da Silva, 55, foi até a escola matricular o neto e admitiu que aprovou a não adesão à greve. “Depois eles terão que repor e não terão férias e folga. É ruim”, comentou.

No Bairro Coophavila II, a Escola Municipal Doutor Eduardo Olímpio Machado também não entrou em greve, porém alguns pais, como o bancário Cazú, como preferiu se identificar, 46 anos, ouviram boatos sobre uma possível paralisação.

“Por mais que após o fim de greve haja a reposição, isso não resolve, pois o aluno já perdeu o tempo hábil que tinha para aprender. Talvez os professores devessem esperar um pouco, uma melhor negociação com a prefeitura e até mesmo o fim do ano letivo”, disse o bancário.

O Campo Grande News procurou os professores e diretores das escolas citadas, porém eles não tinham autorização para falar com a reportagem. A Semed, através da assessoria de imprensa, preferiu não divulgar a lista de escolas que não aderiram á greve.

Eunice apoiou o funcionamento da escola (Foto: Alcides Neto)
Eunice apoiou o funcionamento da escola (Foto: Alcides Neto)
Adriana crê que o ano letivo do filho seria prejudicado com a greve (Foto: Alcides Neto)
Adriana crê que o ano letivo do filho seria prejudicado com a greve (Foto: Alcides Neto)
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