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Capital

Professores mantêm greve, mas já aceitam receber reajuste em 4 parcelas

Alan Diógenes | 12/11/2014 14:11
Ontem, os professores protestaram na Afonso Pena para pressionar prefeitura a conceder reajuste. (Foto: Alcides Neto)
Ontem, os professores protestaram na Afonso Pena para pressionar prefeitura a conceder reajuste. (Foto: Alcides Neto)

Durante uma nova assembleia realizada na sede da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), os professores mantiveram a greve, que completa uma semana amanhã (13). No entanto, eles já aceitam o parcelamento do reajuste de 8,46% em quatro parcelas de 2,12%. O prefeito Gilmar Olarte (PP) tinha proposto parcelar em oito vezes.

A proposta apresentada anteriormente pelo prefeito era de que os professores suspendessem a greve, até que o impasse fosse resolvido. Os profissionais rejeitaram a proposta e solicitaram uma nova audiência com o gestor municipal para discutir a contraproposta.

Conforme o presidente da ACP, Geraldo Gonçalves, os professores continuam em greve e, em assembleia geral nesta quinta-feira (13), às 8h, discutirão a resposta da prefeitura. “Já encaminhamos a contraproposta ao prefeito que chega hoje a tarde de Corumbá. No período da noite ele deve estudar o documento e apresentar uma resposta. Dependendo do que ele falar, podemos ou não suspender a greve na tarde de amanhã”, explicou.

De acordo com a contraproposta, duas metades do reajuste, correspondente ao meses de outubro e novembro devem ser efetuadas nos salários de novembro. As outras duas parcelas devem ser pagas no mês de dezembro e janeiro. Os professores ainda pedem a garantia de que o valor do novo PSPN (Piso Salarial profissional Nacional do Magistério), que entra em vigor no dia 1º de janeiro, seja pago integralmente na data base para o magistério, ou seja, no dia 1º de maio de 2015.

Os professores iriam realizar uma panfletagem nas ruas de Campo Grande pedindo apoio à população, quanto às reivindicações da classe, mas o evento foi cancelado devido ao mau tempo.

Crise - Cerca 60% dos 94 mil alunos são prejudicados pela falta de aulas, de acordo com a Semed (Secretaria Municipal de Educação). Devido ao calendário de reposição, o ano letivo poderá se estender até o fim de janeiro e os alunos terão férias mais curtas. De acordo com a secretária Ângela Brito, por lei, é necessário que o ano letivo tenha uma carga horária de 800 horas.

O reajuste para os professores terá impacto de R$ 3,3 milhões na folha de pagamento, ampliando o comprometimento da prefeitura com gastos de pessoal de 48,7% para 49,21%.

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