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Capital

De escolas a postos de saúde, prefeitura não paga aluguéis há cerca de 3 meses

De 160 imóveis locados, a reportagem selecionou 18 com aluguéis em atraso e a soma chega a R$ 1,1 milhão

Por Lucia Morel | 14/02/2025 07:33
De escolas a postos de saúde, prefeitura não paga aluguéis há cerca de 3 meses
Pagamento de aluguel da Escola Municipal Antônio Lopes Lins, no Portal Caioibá, está em atraso. (Foto: Reprodução Google Maps)

São anexos de escolas, postos de saúde, centros de assistência social e até de subsecretarias com aluguel em atraso, ao menos, desde dezembro do ano passado. Pesquisa feita pela reportagem no Portal da Transparência da Prefeitura de Campo Grande mostra 160 imóveis com contratos de locação, grande parte sem pagamento liquidado há cerca de três meses, que foi o período pesquisado. Dos 160 imóveis, a reportagem selecionou 18 com aluguéis em atraso e a soma chega a R$ 1,1 milhão.

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A Prefeitura de Campo Grande enfrenta problemas com o pagamento de aluguéis de imóveis utilizados por escolas, postos de saúde e centros de assistência social. Uma pesquisa no Portal da Transparência revelou que 160 imóveis têm contratos de locação, muitos com pagamentos atrasados desde dezembro. Um exemplo é o caso de Sônia Maria Schiavo, que aluga um prédio para o Cras do bairro Coophavilla II e está sem receber desde dezembro. A dívida totaliza R$ 1,1 milhão. A prefeitura não respondeu aos questionamentos sobre a inadimplência.

Um caso específico é da farmacêutica aposentada Sônia Maria Schiavo, que desde 2022 aluga prédio para o Cras (Centro de Referência de Assistência Social) do bairro Coophavilla II e está desde dezembro sem receber os R$ 2,4 mil mensais pelo uso do local. “Eles sempre me pagaram com atraso, sabe? E tenho os meses que não pagaram, de dezembro até agora. É previsto que paguem até o dia 5 e não pagaram”, comenta.

De escolas a postos de saúde, prefeitura não paga aluguéis há cerca de 3 meses
Extrato no Portal da Transparência mostra que nenhum pagamento foi efetuado este ano ao proprietário do prédio da UBSF Nova Esperança. (Foto: Reprodução)

Segundo a aposentada, mesmo pagando em atraso, ela não recebe tal pagamento com juros ou multas corrigidos. “Eu dependo do aluguel, entende? É minha fonte de renda e o contrato é feito anual e já fazem mais de dois anos que eu alugo para eles”, lamentou. Em contato com o município, ela foi informada de que estão fazendo “o possível e o impossível” para quitar a dívida.

Alguns locais que estão funcionando normalmente, mas sem a quitação do aluguel são a UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família) Nova Esperança, na Vila Nhanhá (R$ 6.420,00 por mês), o prédio onde funciona a Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (R$ 9.513,34 ao mês), o Centro de Distribuição da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) (R$ 498.960,00) e até o terceiro andar do antigo Shopping Marrakech, onde funciona a Subsecretaria de Juventude (R$ 7.516,67 ao mês).

O Campo Grande News questionou a prefeitura sobre a inadimplência, mas não houve retorno até a publicação deste material.

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