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Capital

De folga, sargento do Choque ajuda mãe a dar à luz no São Conrado

Ele foi chamado pelo Whatsapp e vez o primeiro parto da vida na casa de vizinha

Marta Ferreira | 13/09/2019 14:00
O chorinho do bebê que nasceu em casa, com a ajuda de policial militar. (Foto: Reprodução vídeo)
O chorinho do bebê que nasceu em casa, com a ajuda de policial militar. (Foto: Reprodução vídeo)

Há 13 anos na Polícia Militar, 11 deles na pesada rotina do Batalhão de Choque, que lida com ocorrências de roubo, sequestro, conflitos, e até cenários de morte, o sargento Alasson Luiz Inácio de Alvarenga, 38 anos, viveu nesta quinta-feira um daqueles dias inusitados, o de dar à luz uma criança. Ele fez o primeiro parto da vida dele, de vizinha do Bairro São Conrado, a quem conhece desde a adolescência.

De folga, Alasson estava em casa, por volta das 10h30, quando recebeu mensagem de Whatsapp da mãe, identificada apenas como Patrícia, de cerca de 30 anos. “Vem aqui, pelo amor de Deus, eu acho que eu vou ter neném em casa”, dizia ela, em tom obviamente de desespero.

Menos de cinco minutos depois, o policial chegou à residência. Encontrou a mãe no fim do trabalho de parto, ainda com muitas dores. A criança, um menino, já estava “coroando”, como a linguagem médica chama o momento quando o bebê está prestes nascer.

Junior já no Hospital Regional depois de nascer em casa (Foto: Divulgação)
Junior já no Hospital Regional depois de nascer em casa (Foto: Divulgação)

Segundo o sargento, tudo foi muito rápido. “Não chegou a três minutos”. Com os avós da criança auxiliando, ele tranquilizou a mãe, bastante nervosa, pegou a criança, pediu barbante para amarrar o cordão umbilical e orientou a chamar o socorro.

A cena foi gravada pelo avô da criança. É possível ouvir o chorinho do bebê e o alívio de ver todo mundo bem.

O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e levou mãe e filho par ao Hospital Rosa Pedrossian. As imagens estão borradas em parte por respeito à mãe.

Confira o vídeo abaixo:

“Não fiquei muito nervoso”, afirma o militar que antes desta sexta-feira, só havia assistido o nascimento das duas filhas, de 6 e nove meses. “Fiquei mais apreensivo hoje, porque é uma vida nas suas mãos”, contou à reportagem.

De acordo com ele, para auxiliar o bebê a nascer, ele usou a experiência de vida, como por exemplo as reportagens sobre partos já assistidas. “Eu não tinha experiência, mas a vida é uma dádiva de Deus. Deus às vezes põe a gente na situação para que seja a luz no fim do túnel de alguém”, sintetiza.

Conforme o sargento, o menino foi chamado de “Junior” pela mãe. A reportagem ainda não conseguiu contato com a família para saber mais detalhes da criança.

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