Decisão que obriga volta da coleta era esperada pelo município, diz secretário
O secretário de Governo da Capital, Paulo Pedra (PDT), afirma que a prefeitura tinha boa expectativa com relação ao processo que resultou em liminar obrigando a Solurb a retomar a coleta de lixo nos hospitais em quatro horas. Caso a ordem seja descumprida, a multa será de R$ 30 mil para cada hora de atraso na coleta. O juiz determina também o uso de força policial, caso haja necessidade.
“Foi uma irresponsabilidade da empresa deixar de fazer esse tipo de coleta. A greve não é dos funcionários, mas motivada pelo grupo financeiro da Solurb, que mandava na cidade há 20 anos”, afirma o pedetista.
A sentença foi emitida pelo juiz plantonista Maurício Petrauski e também atinge o STEAC/MS (Sindicato dos Trabalhadores em Asseio e Conservação de Mato Grosso do Sul).
Os trabalhadores estão em greve deste o dia 9 de setembro por conta de atraso no pagamento. Nas contas da prefeitura, já são 38 toneladas amontoadas pela cidade. A concessionária diz não ter dinheiro para depositar os vencimentos, pois o último repasse feito pelo poder público foi referente ao mês de maio.
A companhia afirma também que tem direito a pelo menos R$ 24 milhões em repasses atrasados e despesas assumidas pela empresa e não ressarcidas pelo município.
Alcides Bernal (PP), prefeito da Capital, considera a atitude da Solurb um boicote, já que a situação é problemática desde janeiro e a empresa resolveu cobrar a cidade somente após o afastamento de Gilmar Olarte (PP).
Bernal chegou a tentar acordo com a empresa para que ela retomasse o serviço, mas diante da negativa, o município montou uma força tarefa para recolher a sujeira. Atuam na frente de trabalho cerca de 400 homens, 22 caminhões caçambas, sete pás carregadeiras, além de mais 50 catadores de recicláveis que se juntaram voluntariamente para ajudar na limpeza.
O Campo Grande News tentou contato com a Solurb e com o STEAC/MS, mas não obteve retorno das entidades até a publicação desta reportagem.