Defesa alega que dívida não foi motivo fútil para que pedreiro matasse idoso
Advogados tentam derrubar agravantes do homicídio de Timótio Pontes Roman
Certos de que Cléber de Souza Carvalho, o "Pedreiro Assassino", será condenado por mais uma morte, os advogados do réu tentam derrubar as agravantes do homicídio de Timótio Pontes Roman, de 62 anos. Uma das teses apresentadas é a de que um empréstimo de R$ 18 mil não foi motivo fútil para que o idoso fosse morto.
Na avaliação dos defensores, Nabiha de Oliveira Maksoud e Dhyego Fernandes Alfonso, Leonel “deveria no mínimo esperar uma reação” do credor em razão do alto valor da dívida. “R$ 18 mil não é motivo fútil”, disse Dhyego.
Além disso, os advogados ainda defendem que não houve ocultação de cadáver porque o pedreiro não sabia que o aposentado estava morto, nem que o local onde o corpo foi deixado era um poço.
“A perícia também foi falha porque não colheram amostra na borda do poço nem realizaram exame necroscópico no pulmão do Timóteo para saber se havia água”, pontua a defesa.
Para os advogados, o caso trata-se de um homicídio privilegiado, praticado sob domínio de uma compreensível emoção violenta.
Julgamento - Durante a manhã desta quarta-feira (16), foram ouvidas as testemunhas de acusação. A defesa não arrolou testemunhas.
Durante os depoimentos, investigadores da Delegacia de Homicídios foram claros em confirmar que Cléber confessou todos os assassinatos, apontando onde estava cada vítima. O perfil seriam homens com mais de 40 anos que moravam sozinhos. O objetivo era se apossar de bens materiais, como casas e veículos.
No caso da vítima Timótio, a segunda a ser encontrada pela polícia, depois de José Leonel Ferreira Santos, de 61 anos, o pedreiro não nega a autoria, mas alega ser uma pessoa boa e que estava "transtornado" quando cometeu o crime, por causa de uma dívida e também do assassinato que cometeu no dia anterior, de José Leonel.
Este já é o segundo julgamento de Cléber, que ficou conhecido como "Pedreiro Assassino", após a polícia descobrir uma série de crimes praticados por ele. Em 1º de fevereiro, Cléber foi condenado a 15 anos por homicídio qualificado. A vítima do caso é Roberto Geraldo Clariano, o “Cenoura”, atingido com golpe chibanca e enterrado em um lote invadido.