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Capital

Defesa avalia processar perita e diz que vítima 'mentiu muito' em depoimento

Uma 4ª audiência sobre o caso foi marcada para o dia 19 deste mês, quando devem ser ouvidas outras três testemunhas de defesa, além de Ricardo Moon

Luana Rodrigues | 12/04/2017 16:20
Advogado de defesa de Ricardo Hyun Su Moon, Renê Siufi. (Foto: André Bittar)
Advogado de defesa de Ricardo Hyun Su Moon, Renê Siufi. (Foto: André Bittar)

O depoimento da perita criminal Karina Rebulla Lairtart, prestado nesta terça-feira (11) à justiça, voltou a ser assunto na terceira audiência sobre a morte do empresário, Adriano Correia do Nascimento, realizada hoje (12). A defesa quer que conversas gravadas no Whatsapp da perita sejam anexadas ao processo e afirma que pode processá-la, caso o conteúdo não seja condizente com depoimento prestado por ela.

Durante acareação na tarde de ontem, a perita criminal responsável pela análise na caminhonete do empresário morto por Ricardo Hyun Su Moon, levantou a suspeitas sobre o colega Domingos Sávio Ribas e sobre o advogado de defesa de Moon, Renê Siufi.

Segundo Lairtart, foi o colega perito quem a levou de volta até a Toyota Hilux no dia 4 de janeiro, quando maçaricos foram encontrados no veículo. A servidora chegou a dizer que o colega havia contado a ela que era amiga do advogado de defesa de Moon, Renê Siufi.

“Eu vou tomar uma providência contra essa perita. Claro que eu não sou amigo dele (Domingos Sávio Ribas), gostaria de ser, mas não sou. Então precisamos esclarecer esse fato”, afirmou o advogado.

Adolescente quando chegou para depor (Foto: André Bittar)
Adolescente quando chegou para depor (Foto: André Bittar)

Testemunhas - Na audiência desta quarta-feira (12), foram ouvidas duas testemunhas de acusação, além do adolescente, de 17 anos, passageiro do carro de Adriano no dia do crime.

O garoto manteve a versão sobre os fatos, acusando “Coreia” de ter atirado contra Adriano após uma discussão no trânsito e que o empresário, ele e o padrasto, Agnaldo Espinosa da Silva, de 48 anos, não sabiam que Moon era policial. Mas, para a defesa, o jovem “mentiu muito” em sua declaração, conforme entrevista do advogado Renê Siufi abaixo:

Cristian Queiroz Felipe, dono da boate em que Adriano e os amigos estavam no dia do crime, foi questionado sobre a presença do adolescente no estabelecimento e também sobre o consumo de bebida alcoólica por parte das três vítimas.

Ele disse que como era amigo de Adriano, o empresário tinha acesso livre a boate. Cristian também se comprometeu a entregar uma relação de documentos que mostram o valor consumido pela vítima na boate, uma exigência da defesa.

Outra testemunha ouvida foi Natália de Freitas Gonçalves. Ela estava indo viajar com o marido e os filhos, quando passou pela briga entre Adriano e o policial. A mulher apenas reforçou que, pela roupa, “jamais imaginou que o homem era um policial”.

Uma quarta audiência foi marcada para o dia 19 deste mês, quando devem ser ouvidas outras três testemunhas de defesa, além do policial rodoviário federal.

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