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Capital

Defurv investiga mais empresas por adulteração de placas após caso Erlon

Filipe Prado | 29/04/2014 22:27
A delegada finalizou as investigações do caso Erlon e começou uma investigação para apurar o esquema de placas (Foto: Marcelo Victor)
A delegada finalizou as investigações do caso Erlon e começou uma investigação para apurar o esquema de placas (Foto: Marcelo Victor)

A Defurv (Delegacia Especializada de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos) começou a investigar as empresas responsáveis pela confecção de placas de veículos em Campo Grande, após a prisão de Luiz Fernando Flores Valenzuela, 27 anos, na sexta-feira (25) por fabricar e vender as placas irregulares colocadas em carros roubados, como o do empresário Erlon Peterson Pereira Bernal, 32 anos, assassinado no dia 1º de abril deste ano.

De acordo com a delegada titular da Defurv, Maria de Lourdes de Souza Cano, outras empresas, além de garagens e despachantes serão investigadas sobre o esquema de fornecimento de placas originais para veículos roubados. “Nós encerramos a investigações do caso Erlon e a partir de hoje começaremos uma para apurar os esquemas de compras de placas”.

“Nós iremos investigar uma ou várias empresas que participam do esquema das placas”, completou a delegada.

Em Mato Grosso do Sul existem três empresas credenciadas no Detran para a realização do emplacamento de veículos, porém, conforme o gerente da agência regional do Detran Roberto Augusto Roque, como a Ìons teve as suas atividades suspensas, as empresas terão que dividir as atividades.

O gerente relatou que as outras duas empresas não estão envolvidas no esquema de emplacamento ilegal de veículos na Capital, mas serão investigadas pela Defurv. “Se identificado pela delegacia a venda ilícita de placas, será feito o descredenciamento destas empresas também”, informou.

Crime – Luiz Fernando faturou cerca de R$ 24 mil com a adulteração de placas. Ele, que está preso desde sexta-feira, e o proprietário da empresa Íons foram indiciados por formação de quadrilha e adulteração de placas.

De acordo com o funcionário da empresa, era cobrado R$ 120 por placa e ele vendia cerca de três a quatro por semana. O esquema já era mantido há quatro anos na Capital, vendendo aproximadamente 200 placas.
O proprietário da Íons, José Ribamar Rodrigues Leite da Costa, também foi indiciado pelos dois crimes e mais o de omissão de cautela (por ter sido omisso e não ter denunciado o funcionário).

Além dos dois, a Polícia indiciou outros quatro homens pelo crime: Thiago, Rafael Diogo, o Tartaruga, 24, Jefferson dos Santos Souza (dono da arma), e o funileiro Ataíde Pereira dos Santos. Uma adolescente de 17 anos também foi apreendida por participação no crime.

Erlon – O empresário saiu de casa às 14h da terça-feira (1°) para mostrar o veículo a um suposto cliente. O local combinado foi na avenida Interlagos, em frente a rotatória da Coca-cola, em Campo Grande. Ao chegar lá, um dos bandidos disse a ele que precisava mostrar o Golf a uma tia, para “fechar negócio”. No entanto, poucos minutos após chegar à casa no bairro São Jorge da Lagoa, Erlon foi assassinado e o corpo enterrado em um fossa séptica.

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