Delação premiada para preso por exploração depende de juiz, diz delegado
A delação premiada para o preso Fabiano Viana Otero depende de autorização do juiz da 7ª Vara Criminal, onde tramita o processo por exploração sexual de menores. “Quem decide se vai para frente ou não é o juiz”, afirma o titular da DEPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), Paulo Sérgio Lauretto.
O acordo para que o preso entregue nome de envolvidos, incluindo dez políticos, em troca de benefícios foi proposto pela defesa de Fabiano. O pedido para que ele tenha direito à delação premiada foi assinado hoje no MPE (Ministério Público Estadual).
Conforme o advogado Amilton Ferreira de Almeida, que atua na defesa de Fabiano, se o juiz avaliar que as provas são concretas, a delação premiada é aprovada e são concedidos benefícios.
A delação é um acordo previsto em lei. Em geral, o delator precisa revelar dados que auxiliem na identificação dos demais coautores ou envolvido. Como contrapartida, o preso tem benefícios, como redução da pena ou cumprimento em regime semiaberto.
Sexo e dinheiro - O esquema para agenciar encontro entre adolescentes e políticos veio à tona após a prisão do ex-vereador Robson Martins e do empresário Luciano Roberto Pageu. Eles foram presos no dia 16 de abril, em Campo Grande, depois de receberem R$ 15 mil do vereador Alceu Bueno.
Fabiano, que agenciava as adolescentes, foi preso no último dia 26. A polícia já o investigava antes da denúncia de extorsão. Uma garota foi encontrada dia 23 de março na casa de Fabiano, com outra menina de 15 anos, que revelou tudo a uma conselheira tutelar.