Delegacia da Mulher ouvirá motociclista que atropelou e matou jovem
Família levantou possibilidade de feminicídio, mas caso ainda é tratado como morte a esclarecer pela Deam
Prestará depoimento na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), ainda esta semana, o motociclista que atropelou e matou Ângela Cristina Eduardo dos Santos, de 26 anos, no Bairro Portal Caiobá, em Campo Grande. A família levantou possibilidade de feminicídio, afirmando que o motociclista mantinha um relacionamento com a jovem, no entanto, o caso ainda é investigado como morte a esclarecer.
"Nós estamos investigando esse caso com todo cuidado do mundo, indo atrás de câmeras de segurança, ouvindo testemunhas e vendo os laudos. Se caso apontar para algum suspeito, então, entramos como feminicídio", afirmou a delegada responsável pelo caso, Maíra Pacheco Machado.
Por esse motivo, o motociclista que atropelou a jovem deve ser ouvido para prestar esclarecimentos. "No decorrer da semana, vamos ouvir o rapaz", ponderou a delegada.
Morte - O atropelamento ocorreu na noite do último 29 de novembro, na Rua Rio Brilhante, que faz divisa entre o Bairro Vila São Jorge da Lagoa e o Portal Caiobá. Com o impacto, a jovem caiu e sofreu politraumatismo. Ela chegou a ser socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e levada para a Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos.
Família - Para a polícia, a família de Ângela disse não acreditar que a jovem tenha sofrido um acidente e aponta para feminicídio, afirmando que o motociclista a atropelou propositalmente, depois de brigarem em uma conveniência, pois eram "ficantes".
"Eles estavam em uma conveniência um pouco antes no Caiobá, discutiram e ele deu uma capacetada nela. Minha filha estava indo embora para casa depois disso, ele veio atrás com a moto e atropelou", disse o pai, trabalhador de serviços gerais, José Adilson Eduardo dos Santos, de 56 anos.