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Capital

Delegado atribui aumento de 58,6% nos roubos a usuários de drogas

Graziela Rezende | 11/04/2014 09:54

O aumento de 58,6% no número de roubos em Campo Grande está ligado ao crescimento no número de usuários de drogas nas ruas de Campo Grande. Esta é a avaliação do delegado Fabiano Nagata, titular da Derf (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos).

“Cresceu não só na Capital, mas em todo o país, o número de usuários de drogas cometendo roubos nas ruas para sustentar o vício. Enquanto não houver um combate efetivo, os índices vão ficar descontrolados. Campo Grande, com relação a grandes capitais, é até tranquilo. Infelizmente temos que pensar sobre isso, porque é o caminhar da humanidade”, afirma o delegado.

Conforme dados da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), o número de assaltos na Capital passou de 818, de 1º de janeiro a 10 de abril do ano passado, para 1.298 no mesmo período deste ano. Sobre os furtos, de 3.714 registros em 2013, o número saltou para 4.031 este ano.

E o índice daqueles que compram os “produtos de roubo” também cresceu significativamente, com aumento de 61,7%. Em 2013, foram 81 ocorrências. Já em 2014, desde o primeiro dia do ano até ontem (10), foram 131 registros.

Outro fator preocupante, de acordo com o delegado, são os “novos bandidos”. Pessoas comuns, que estudam, trabalham com carteira assinada, mas que decidem entrar para o “mundo do crime”. E eles se utilizam de facas, pedras, pedaços de madeira, além de simular uma arma, diz o delegado.

“Há pouco tempo, quando íamos investigar um roubo, buscávamos em nosso cadastro antigos ladrões conhecidos da Polícia. Hoje está crescendo a prisão de pessoas que aparentemente levavam uma vida normal, mas que decidem roubar para satisfazer desejos”, comenta ao Campo Grande News o delegado.

É o caso, por exemplo, do piscineiro Claudemir Alves de Paula, 27 anos. Ele trabalha há três anos com carteira registrada e utilizava inclusive a máscara cirúrgica do trabalho, que evita a intoxicação de produtos químicos, para cometer assaltos. Em cinco meses, ele abordou dezenas de mulheres com uma faca em mãos e roubou 12 estabelecimentos comerciais.

“Ele foi um dos casos que tivemos um pouco de dificuldade para localizar. Uma pessoa sem passagens, aparentemente idônea, mas que nas ‘horas vagas’ cometia crimes. Claudemir era violento com as vítimas, chegando a colocar a faca no pescoço das mulheres. Após preso, ele disse que usava o dinheiro apenas para comprar bebida alcoólica e cigarro”, finaliza o delegado.

Outro ladrão mascarado – No dia 2 de março de 2014, a Polícia começou a registrar ocorrências de um bandido que estava assaltando estabelecimentos comerciais com uma máscara. A suspeita é de que seria o mesmo, mas foi constatado que se tratava de pessoas diferentes.

Este outro, identificado como Paulo Vieira Torrete Júnior, 22 anos, matou o policial civil Weslen de Souza Martins, 36 anos, para roubar R$ 70, um celular e o veículo Fox da vítima, que ele nem sabia dirigir. O crime ocorreu em uma farmácia da rua Brilhante, sendo que ele também cometeu o mesmo crime em uma floricultura na rua Pedro Celestino.

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