Dengue matou funcionário de hospital em Três Lagoas, 8º caso em MS
A Secretaria de Saúde do Estado confirmou mais uma morte por dengue que estava sob investigação. O óbito foi registrado em Três Lagoas, no dia 29 de abril, mas somente agora os exames foram concluídos. Agora já são oito mortes confirmadas pela doença em Mato Grosso do Sul. Campo Grande, Corumbá, Paranhos, Dourados e Juti registraram um óbito cada e Sonora teve dois casos.
A morte confirmada em Três Lagoas foi de um homem de 40 anos, que era funcionário do hospital Nossa Senhora Auxiliadora. Ele morava no bairro Novo Ipanema e ficou internado por mais de 20 dias no hospital.
Outros três óbitos, um na Capital, um em Maracaju e outro em Aparecida do Taboado ainda continuam sob investigação. Boletim epidemiológico divulgado no final da manhã desta quarta-feira (20) pela Secretaria Estadual de Saúde aponta que o Estado já contabiliza 22.724 notificações de casos suspeitos de dengue nas últimas 19 semanas. Os dados foram levantados entre os dias dez e 16 de maio. Na última semana foram 766 notificações contra 846 registros da semana anterior.
A situação é considerada crítica em 56 cidades e segundo parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde, Mato Grosso do Sul enfrenta uma epidemia da doença, já que o Ministério classifica a situação dessa forma quando existem mais de 300 casos para cada 100 mil habitantes e no Estado o número é de 741 casos para cada 100 mil habitantes.
Apesar do grande número de municípios constatar alta incidência da doença, o coordenador do Controle de Vetores do Estado, Gilmar Cipriano Ribeiro, afirma que os números de notificações caíram em pelo menos 5%, em 30 municípios, como Campo Grande, Amambai, Sonora, Dourados e Três Lagoas. No entanto, as cidades de Angélica, Antônio João, Aquidauana, Corumbá e Guia Lopes observaram aumento nos casos notificados.
Gilmar destaca que as ações de combate intensificadas em todo o Estado são as responsáveis pela queda nos números e que a tendência é que as notificações comecem a cair, apesar da adaptação do mosquito ao clima frio.
Quase 80 mil imóveis em todo o Estado já foram visitados pelas equipes da secretaria de Saúde. Na Capital, por exemplo, os trabalhos de limpeza de terrenos públicos prossegue sem interrupção nos bairros, com equipes da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) cumprindo cronogramas de trabalho e orientando a população.
Ainda no topo do ranking de casos continuam os municípios de Iguatemi, com 1.271 casos notificados, Sonora, com 918 e Selvíria com 341 notificações. Campo Grande permanece em 39º lugar, com 4.446 casos suspeitos.