Casos de dengue crescem e falta de conscientização ainda é o problema
De todos os municípios do Estado, Campo Grande ainda continua sendo o maior polo de casos notificados de dengue. O último boletim epidemiológico divulgado pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) mostra que já foram notificados 3,9 mil casos com suspeita. Para os órgãos de vigilância em saúde na Capital, o que falta ainda é a conscientização da população.
Conforme a diretora de Vigilância em Saúde da Sesau, Márcia Dal Fabro, é preocupante o crescente número de casos na cidade. “Por isso estamos desenvolvendo ações de campo, fazendo bloqueio em quintais já infestados e orientando a população”, explicou.
Mesmo sabendo de como se pega a doença e como se prevenir, segundo Márcia, a população ainda peca. “Não existe mais gente leiga no assunto, todo mundo sabe como é, e sabe como evitar, mas infelizmente não põe em prática. Mesmo em época de epidemia, as pessoas não se conscientizam”, afirmou Márcia.
Para combater a doença na Capital, agente comunitários fazem visitas mensais. Já os agentes de endemias passam pelas casas durante a semana orientando a população, principalmente nos bairros mais críticos, não citados pela diretora de vigilância.
Segundo ela, o serviço de “fumacê” ainda existe em Campo Grande, mas só percorrem estes bairros. A liberação de mosquitos que podem reproduzir e amenizar o problema já está sendo estudado para ser implantada na Capital, mas ainda falta a liberação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
De acordo com o Liraa ((Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti), o bairro com maior índice de infestação é o Jardim Noroeste, com quase seis focos (5,6%) encontrados em cada 100 casas visitadas. Localizado na mesma região, o Jardim Veraneio aparece com o mesmo percentual. Já os bairros Vida Nova e Nova lima apresentaram índice de infestação de 5,4% e o Jardim Itamaracá é de 4,5%