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Capital

Denúncias contra clínicas de estéticas aumentaram 51% em Campo Grande

A campeã de denúncias é a péssima condição de higiene e profissionais sem preparo ou autorização

Por Ana Beatriz Rodrigues | 12/12/2024 16:22
Denúncias contra clínicas de estéticas aumentaram 51% em Campo Grande
Argulhas e instrumentos usados em procedimento estético (Foto: Divulgação)

A vontade de ficar com rosto mais harmônico ou com o lábio preenchido aumentou e, com isso, também a quantidade de denúncias contra diversas clínicas de estética.

RESUMO

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O aumento da procura por procedimentos estéticos na capital elevou o número de denúncias contra clínicas de estética, saltando de 7 em 2022 para 16 em 2024 (janeiro a novembro). As principais denúncias se referem a más condições de higiene, falta de transparência e profissionais não qualificados. Em 2024, foram realizadas 489 ações de fiscalização, resultando em 18 autuações, 13 apreensões e uma interdição. A auditoria sanitária alerta para os riscos de procedimentos invasivos, como aplicação de botox e soroterapia, enfatizando a importância de verificar a licença da clínica e a qualificação dos profissionais antes de realizar qualquer procedimento estético.

Durante a tarde desta quinta-feira (12), foram divulgados os balanços de denúncias e só este ano foram registradas 16 denúncias, no período de janeiro a novembro. Já em 2023, no mesmo período, foram 10 casos e, em 2022, foram sete denúncias, todas elas feitas na ouvidoria do SUS.

Conforme as informações divulgadas pela prefeitura, a campeã de denúncias é a péssima condição de higiene, falta de transparência na apresentação dos tratamentos e profissionais sem preparo e autorização para realizar os procedimentos.

A auditora fiscal de Vigilância Sanitária, Tatyana Weber Leite, fez um balanço de 2024 e segundo ela, existem 117 clínicas de estética registradas na Capital (aqui não entram as clínicas clandestinas), e entre inspeções e retorno dos fiscais aos estabelecimentos, foram realizadas 489 ações, 18 autuações, 13 apreensões e descartes de produtos e uma interdição.

“A interdição é para os casos mais graves, quando o local ou a sala usada não tem condições de atuação, como exemplo uma das clínicas que visitamos, que fazia o procedimento de lipoaspiração e não tinha pia para a lavagem das cânulas, sendo a mesma interditada”, explica a auditora.

Entre os procedimentos mais comuns estão os invasivos, que utilizam instrumentos ou substâncias aplicadas por meio de incisões, perfurações ou inserções, como a aplicação de botox, o preenchimento facial e os bioestimuladores de colágeno.

Tatyana chama a atenção, ainda, para outro tratamento, a soroterapia, o qual é o uso de substâncias aplicadas na veia do paciente. “A soroterapia requer um cuidado redobrado, porque somente profissionais habilitados podem prescrever o tratamento e aplicá-lo. Nas nossas fiscalizações, notamos haver a falta de equipamentos e materiais de emergência em caso de intercorrências, isso é muito grave”, alerta.

Recomendações do que observar

O consumidor deve tomar alguns cuidados na hora de escolher uma clínica para a realização do procedimento estético, veja quais:

  • Visitar o local antes para conferir as condições de higiene;

  • Consultar se o local tem a licença de funcionamento da vigilância municipal;

  • Verificar o registro da Anvisa nos cosméticos, medicamentos e substâncias utilizadas;

  • Conferir a licença profissional de quem vai fazer o procedimento;

  • Exigir que os profissionais que vão realizar o procedimento usem máscaras e luvas;

  • Os frascos, ampolas e embalagens devem ser abertos na frente do paciente, que pode pedir para conferir os rótulos;

  • Conferir a data de validade dos produtos;

  • Verificar se o estabelecimento tem aparelho de refrigeração para guardar os produtos e substâncias.

Denúncia

  • Qualquer denúncia à Vigilância Sanitária do município pode ser feita pelo 0800 da ouvidoria do SUS: 0800 314 99 55.

  • O consumidor também pode procurar os conselhos profissionais da cidade se quiser denunciar alguma prática que considera suspeita ou ilegal.

  • Para saber se um produto ou equipamento é registrado na Anvisa, basta consultar o link: https://consultas.anvisa.gov.br/#/medicamentos/

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