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Capital

Denúncias de clientes insatisfeitos desencadearam ação contra “muamba”

Operação da Polícia Civil fiscalizou 11 lojas que vendem acessórios para celular e fechou oito

Por Bruna Marques e Antonio Bispo | 22/11/2023 10:58
Banca Maravilha Cell estava lacrada na manhã desta quarta-feira (22) (Foto: Antonio Bispo)
Banca Maravilha Cell estava lacrada na manhã desta quarta-feira (22) (Foto: Antonio Bispo)

Denúncias de clientes insatisfeitos que não tinham direito a troca dos produtos que compravam foi pontapé inicial para que lojas de acessórios de celulares fossem investigadas durante Operação Nightmare, desencadeada ontem (21), em Campo Grande. Durante a ação, um comerciante, que não teve o nome divulgado, foi preso.

Hoje, a reportagem do Campo Grande News circulou pelos alvos da ação. As oito lojas fechadas durante a ação permanecem fechadas. Em apenas uma, localizada na Rua Marechal Rondon, tinha aviso: "suspensão temporária de atividade”.

Reclamações - De acordo com assessoria da Polícia Civil, por conta da falta de garantia, os clientes passaram a denunciar os comércios para a Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) e Proncon Estadual.

Com as denúncias em mãos, 44 policiais civis foram às ruas para averiguar os comércios. As equipes vistoriaram 11 lojas na região central de Campo Grande. Destas, 8 tiveram as portas fechadas, já que não tinham nota fiscal das mercadorias, além de não oferecerem garantia de troca aos clientes. Nos outros três pontos, a polícia não encontrou irregularidades.

Mercadorias armazenadas em sacos plásticos (Foto: Marcos Maluf)
Mercadorias armazenadas em sacos plásticos (Foto: Marcos Maluf)

Na ação, foram apreendidas 16.385 capinhas de celular, 2.094 películas, 84 fones de ouvido, 7 maquinas de cartão, 78 carregadores, 30 baterias e 53 cabos USB.

A ação foi liderada pela Decon e teve apoio do Garras (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos), GOI (Grupo de Operações Especiais), Deleagro (Delegacia de Combate a Crimes Rurais e Abigeato), Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), e 1ª e 3ª Delegacia de Polícia Civil.

Os alvos estão sendo investigados pelos crimes de exploração da venda de produtos em desacordo com a legislação, descaminho e sonegação de imposto. Todas as mercadorias foram encaminhadas para o pátio da Receita Federal, na Avenida Desembargador Leão Neto do Carmo, no Parque dos Poderes.

Viatura da Decon chegando na Receita Federal com mercadorias apreendidas (Foto: Antonio Bispo)
Viatura da Decon chegando na Receita Federal com mercadorias apreendidas (Foto: Antonio Bispo)

Operação - Policiais levaram vários sacos de lixo carregados com capas de celulares e outros acessórios. Dez barracas são da rede "Maravilha Cel", uma da Pedro Cell e a loja não tem nome na fachada, mas é enorme. O estabelecimento fica na 14 de Julho, entre a Afonso Pena e a 15 de Novembro, quase ao lado da antiga Americanas.

Além dos produtos, esses locais também prestavam serviços de assistência técnica. O maior risco, para os consumidores, é com itens como carregador, que sem selo do Inmetro não têm garantia de segurança.

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