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Capital

Depois da Máfia do Câncer, fraudes envolvem tratamento do coração

Em março de 2013, a operação Sangue Frio apontou o desmonte da radioterapia

Aline dos Santos | 25/01/2018 09:39
Equipe chega à superintendência da Polícia Federal em Campo Grande. (Foto: Mirian Machado)
Equipe chega à superintendência da Polícia Federal em Campo Grande. (Foto: Mirian Machado)

Cinco anos depois da Sangue Frio, que revelou a Máfia do Câncer, a operação Again, deflagrada nesta quinta-feira (dia 25) pela PF (Polícia Federal) aponta fraudes, principalmente, no setor de hemodinâmica, método que usa técnicas invasivas, como o cateterismo, para obtenção de dados sobre cardiopatias.

De acordo com a investigação,o esquema contava com o envolvimento de servidores públicos que recebiam vantagens ilícitas das empresas envolvidas nas fraudes a licitações, com ênfase no setor de hemodinâmica.

A ação, em parceria com a CGU (Controladoria-Geral da União), apura fraudes a licitações e desvios de recursos públicos no HR (Hospital Regional) Rosa Pedrossian e no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, que é administrado pela Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) e fica no campus da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) em Campo Grande.

O esquema incluía fraudes a licitações, causando sobrepreço nos itens adquiridos; .recebimento de produtos com prazo de validade e qualidade inferiores ao previsto nos contrato; e indícios de desvio de materiais hospitalares para clínicas particulares. A retribuição vinha em forma de viagens e transferências de veículos de alto valor.

Em março de 2013, a operação Sangue Frio apontou o desmonte da rede pública, no setor de radioterapia, para atender interesses privados. Hoje, a assessoria de imprensa do HU informou que ainda aguarda esclarecimento da PF. 

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