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Capital

Depois de 14 horas de espera, idosa com fêmur quebrado é transferida a hospital

Na UPA Leblon, paciente esperava liberação de maca do Samu desde a meia-noite para ser levada à Santa Casa

Caroline Maldonado | 11/09/2022 16:00
Clori da Silva Teixeira, de 74 anos, durante socorro e encaminhamento à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Leblon (Foto: Direto das Ruas)
Clori da Silva Teixeira, de 74 anos, durante socorro e encaminhamento à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Leblon (Foto: Direto das Ruas)

Com fratura no fêmur e dedos da mãos, Clori da Silva Teixeira, de 74 anos, chegou à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Bairro Leblon, às 16h de sábado (10), foi atendida e, por volta da meia-noite, recebeu informação de que sua vaga foi liberada na Santa Casa, onde deveria passar por cirurgia. A partir daí, ela esperou mais 14 horas por uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), segundo a família.

Hoje (11), por volta das 14h30, ela foi levada ao hospital, segundo a filha, a vendedora Ecilda Teixeira, de 55 anos, que relatou a situação ao Campo Grande News, por meio do canal Direto das Ruas, no início da tarde. “Acabou de sair, direto para a Santa Casa”, informou Ecilda.

Na UPA, a filha de Clori recebeu a informação que muitos pacientes têm recebido nos últimos dias: a demora na transferência se deve a retenção de macas do Samu pelos hospitais e UPAs.

“As ambulâncias chegam e deixam pacientes, mas não podem levar outro paciente ao hospital, porque não tem maca. A maca que vem fica com o paciente”, contou Ecilda.

Ela se referiu às macas do Samu que ficam na unidade com o paciente que foi trazido pela ambulância e está esperando a liberação de leito no local.

Macas retidas - O caso da espera de Clori é o terceiro noticiado pelo jornal desde sexta-feira (9), quando um motociclista teve que esperar por uma hora até a chegada de ambulância  no local do acidente, na esquina das ruas São Paulo e Bahia, no Jardim dos Estados.

Naquele dia, a Sesau informou que entre 6h e 8h, a Capital registrou várias ocorrências de emergências clínicas, acidentes de trânsito e ocorrências em geral, que sobrecarregaram o atendimento e, pelo menos, oito macas estavam retidas em hospitais com pacientes.

No mesmo dia, uma família teve que pagar ambulância privada para transferir um idoso, de 85 anos, ao hospital. Ovídio Francisco da Silva estava na UPA do Bairro Coronel Antonino e só foi transportado ao pagar R$ 350,00, enquanto ambulâncias do Samu estavam paradas por falta de maca.

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