Depois de briga e morte, escola pede assistência psicológica para alunos
Gabrielly Ximenes de Souza, de 10 anos, morreu uma semana depois de ser agredida por colegas
Os alunos da Escola Estadual Lino Villachá, onde estudava Gabrielly Ximenes de Souza, de 10 anos – que morreu uma semana depois de ser agredida por colegas de turma - devem receber assistência psicológica. O pedido foi feito pela direção do colégio a SED (Secretaria de Estado de Educação) logo após a morte da menina.
Ao Campo Grande News o diretor da escola, Olívio Mangolim, explicou que a intenção é que os profissionais da assessoria psicológica da secretaria falem com todos os alunos, ainda este ano. Já as crianças envolvidas na briga com Gabrielly devem receber um atendimento especial dos profissionais.
De acordo com o SED, o atendimento é específico em cada caso e necessidade do aluno. Conforme a secretaria, não há a previsão de início para o acompanhamento “em função do fato ainda recente na Escola”.
O diretor ressaltou ainda que assim que a briga chegou ao conhecimento da escola os pais das alunas foram chamados para participar de uma reunião e luto de três dias foi decretado, sem haver alteração no calendário escolar. Agora, apenas os alunos em recuperação continuam frequentando as aulas, que acabam oficialmente no dia 21 de dezembro.
Confira nota na íntegra
Informamos que o atendimento psicológico aos estudantes da Rede Estadual de Ensino é realizado por intermédio do Núcleo de Psicologia Educacional, da Secretaria de Estado de Educação. Esse atendimento consiste no acompanhamento específico de cada aluno, solicitado pela direção da Unidade Escolar ou pelos pais e/ou responsáveis, uma vez que uma situação como essa seja relatada.
Esse acompanhamento deve ser realizado com a anuência dos pais e/ou responsáveis pelos estudantes e, após esse aceite, o Núcleo pode iniciar o atendimento aos alunos. Comunicamos, ainda, que a SED coloca seus profissionais à disposição dos estudantes, das famílias e da comunidade escolar em geral.
O caso - A agressão aconteceu no dia 29, na saída da aula, fora da Escola Lino Villachá, que tem mil alunos. Uma menina de 9 anos contou à polícia que a briga começou ainda na escola. Uma xingou a mãe da outra. Quando acabou a aula, as duas seguiam pela a rua quando se desentenderam novamente e uma puxou o cabelo da outra.
A colega, então, usou a mochila para agredir a vítima. Foram três golpes, de acordo com o relato da criança e das testemunhas. Para a polícia os golpes não causaram a morte da menina. A investigação tenta esclarecer se a menina tinha ou não algum problema de saúde, que pode ter provocado sua morte.
No dia da agressão Gabrielly foi socorrida e internada na Santa Casa. Depois teve alta, mas morreu sete dias depois em decorrência de quatro paradas cardiorrespiratórias, após passar por um procedimento cirúrgico no quadril. O caso é investigado pela Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude). (Matéria alterada às 11h00 para acréscimo de informação)