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Capital

Deputado quer esclarecimento sobre “provas” em veículo de comerciante

Aline dos Santos e Leonardo Rocha | 16/03/2017 11:28
Coronel David diz que impressão que passa é de proteção ao acusado. (Foto: Divulgação/ALMS)
Coronel David diz que impressão que passa é de proteção ao acusado. (Foto: Divulgação/ALMS)

O deputado estadual Carlos Alberto David dos Santos (PSC), ex-comandante da PM (Polícia Militar), quer esclarecimentos da Coordenadoria Geral de Perícias sobre o aparecimento de novas “provas” na caminhonete do comerciante Adriano Correia do Nascimento, morto pelo policial rodoviário federal Ricardo Moon após briga de trânsito.

“Quero saber o resultado da investigação e quem foram os responsáveis por plantar objetos no carro do empresário. A impressão que passa é que estão tentado proteger o acusado, para mudar a direção da investigação”, afirma o coronel David.

Nesta quinta-feira (dia 16), durante sessão na Assembleia Legislativa, o deputado leu o requerimento endereçado à coordenadora geral de Perícias, Glória Suzuki. O órgão tem prazo de 30 dias para resposta. No dia 3 de janeiro, o deputado já havia se manifestado sobre o caso. Na ocasião, em postagem no Facebook, ele afirmou que o policial agiu com “despreparo e covardia”.

Maçarico - O veículo foi apreendido desde o dia do crime, 31 de dezembro de 2016, e estava no pátio da Coordenadoria Geral de Perícias, na avenida Senador Filinto Muller, Vila Ipiranga. Após ser alvo de duas perícias, em 31 de dezembro e 2 de janeiro, foram encontrados dois maçaricos, flambadores de sushi com formato semelhante a revólver, e duas garrafas de bebida alcoólica.

No procedimento administrativo, aberto pela coordenadoria, concluiu-se que as garrafas já estavam no veículo. Mas após a segunda perícia, foram acondicionadas em um saco de lixo junto com outros objetos. O invólucro foi colocado na carroceria.

No entanto, no dia 9 de janeiro, as garrafas voltaram a aparecer dentro da caminhonete. O veículo estava coberto com lona desde 4 de janeiro, quando foram encontrados os dois maçaricos no assoalho em frente ao banco do passageiro.

Relatório, datado de 17 de fevereiro, conclui que os peritos não contribuíram e não se omitiram sobre os fatos. Segundo a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), a caminhonete do comerciante foi levada para o Fórum de Campo Grande. Para melhoria da segurança, foi aberto um processo para instalação de câmeras no pátio da Coordenadoria Geral de Perícias.

Caso - O comerciante, que conduzia uma caminhonete Toyota Hilux, foi morto na madrugada de 31 de dezembro de 2016, um sábado, na avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande.

Ricardo Moon foi denunciado por homicídio doloso contra Adriano e tentativa de homicídio contra Agnaldo Espinosa da Silva e o enteado de 17 anos, passageiros da caminhonete. Ele foi preso por duas vezes, mas está em liberdade.

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