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Capital

Despejo de famílias da favela Esperança é adiado após acordo

Defensoria entrou com pedido para impedir que moradores fossem expulsos de área ocupada

Por Natália Olliver | 27/11/2023 12:25
Fiscal da prefeitura entrega notificação a moradora na comunidade (Foto: Paulo Francis)
Fiscal da prefeitura entrega notificação a moradora na comunidade (Foto: Paulo Francis)

O despejo de 16 famílias na comunidade Esperança, favela localizada na região do Dom Antônio Barbosa, entre as saídas para São Paulo e Sidrolândia, zona sul de Campo Grande, foi suspenso. A decisão aconteceu após pedido extrajudicial feito pela Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul. Moradores receberam notificações na semana passada para que saíssem da área ocupada de maneira irregular.

No documento, aqueles que se negassem a sair estavam sob o risco de terem as casas demolidas no prazo de cinco dias. De acordo com a defensora Regina Célia, o pedido foi feito ainda na semana passada e a Amhasf (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários) esteve no local fazendo cadastro da população e selando os barracos para evitar novos ocupantes.

Segundo moradores, nas semanas anteriores, fiscais do município estiveram no local e demoliram algumas casas. Na última segunda-feira (20), o Campo Grande News esteve no local. Ariane Gomes Patrocínio, de 28 anos, é manicure e mora com marido e filha há três anos no local. Eles resistiram à ordem de saída.

Fiscais foram a área pública onde famílias sem-teto construíram barracos e revelam não ter para onde ir (Fotos: Paulo Francis) 
Fiscais foram a área pública onde famílias sem-teto construíram barracos e revelam não ter para onde ir (Fotos: Paulo Francis)

Ariane conta que recebe R$ 600 de Bolsa Família e de Vale-Renda são R$ 900; o marido faz diárias na construção civil. Segundo ela, o que eles têm de orçamento não é suficiente para pagar moradia, contas de água e luz e comprar alimentação.

“Se eles derrubarem tudo, a gente vai ficar na rua. O dinheiro que a gente ganha não dá para pagar aluguel, água, luz e comida.”

A reportagem entrou em contato com a prefeitura para esclarecer a participação da pasta na ação e o que será feito com as famílias, mas até o momento não obteve resposta. O espaço segue aberto.

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