Devota garante que aliança no bolo ajudou a “desencalhar” os 3 filhos
O tradicional bolo de 25 metros com 1.200 alianças (sendo um par de ouro) foi cortado por volta das 7h
Devota de Santo Antônio e uma das primeiras a chegar à igreja matriz de Campo Grande neste feriado (13), a enfermeira aposentada Neuza Ajiki, 70 anos, garante que a aliança no bolo ajudou a "desencalhar" os três filhos. O santo, que tem fama de casamenteiro, também é padroeiro de Campo Grande.
Há 20 anos, Neuza participa do tradicional bolo de Santo Antônio que reúne milhares de fiéis católicos. Mesmo com os filhos casados, a enfermeira continua com a tradição de ir buscar a iguaria e levar para a casa. Ela acredita que o bolo abençoado pelo padre antes de ser cortado também ajuda a prevenir doenças. “Teve um ano que não vim pegar e todos em casa ficaram doentes”, afirma.
Compartilha da mesma opinião a funcionária pública Ciaba Barbosa, 58 anos. Ela acordou cedo e conseguiu o primeiro lugar da fila para garantir sete pedaços. “Sou separada, mas não quero casar. Para mim, o bolo traz harmonia no lar. Se eu achar a aliança vou guardar com muito carinho”, disse.
A voluntária Lionice Alves, 41 anos, já achou três vezes a aliança. A devota de Santo Antônio ainda não casou, mas conta que foi muito abençoada nos últimos anos. Como forma de agradecimento, Lionice resolveu devolver as alianças para que outras pessoas também sejam abençoadas. “Não desisti. Eu ainda espero encontrar meu José”, brincou.
Pela segunda vez consecutiva, Antônio Pereira da Silva, o Sabiá, (personagem conhecido na região central), achou a aliança, foi aplaudido e saiu pulando de alegria. O tradicional bolo de 25 metros com 1.200 alianças (sendo um par de ouro) foi cortado por volta das 7h, depois da Santa Missa, que começou às 6h. Cada fatia custa R$ 5. A Paróquia Santo Antônio fica na Travessa Lydia Baís, no Centro. Luciana Reith, 37 anos, também foi contemplada com uma aliança. Segundo a organização, mais de 7 mil fieis devem passar pelo local.
Segundo o padre Odair Costa, a cada ano a procura pelo bolo aumenta. “Vem muita gente de fora. Nuca vi uma fila desse tamanho. Está dando a volta na quadra”, disse. O padre explicou que o santo tem fama de casamenteiro porque ajudava jovens que queriam casar e não tinham dinheiro. Mas ao mesmo tempo, também ajudava as famílias com seus conselhos sábios. A imagem do santo na igreja tem 116 anos.