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Capital

Dez meses após prisões, golpistas continuavam atuando, afirma a PF

A primeira fase foi deflagrada em 21 de novembro de 2017, com as prisões de Sidinei, Celso Eder e Anderson Flores

Viviane Oliveira e Bruna Kaspary | 05/09/2018 08:40
Oloaldo foi preso por força de mandado de prisão (Foto: Henrique Kawaminami)
Oloaldo foi preso por força de mandado de prisão (Foto: Henrique Kawaminami)

Os presos na terceira fase da Ouro de Ofir, deflagrada na manhã desta quarta-feira (5), continuaram aplicando os golpes mesmo após a primeira e a segunda operação realizadas pela equipe policial, de acordo com a Polícia Federal. Olodoaldo Arruda de Souza e Adriana Aguiar Viana foram presos por força de mandado de prisão. Já um homem de 22 anos, que não teve o nome divulgado, foi detido em flagrante com armas e munições. Uma caminhonete também foi apreendida. 

No total, serão cumpridos oito mandados, sendo quatro de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão. Os investigados, segundo a PF, se aproveitam da crença das vítimas, que apesar de todas as ações realizadas pela polícia, ainda acreditam no recebimento de valores.

A operação investiga organização criminosa que vende ilusão: a existência de uma suposta mina de ouro cujos valores, repatriados para o Brasil, são cedidos, vendidos ou até mesmo doados mediante pagamento. O golpe mantém as vítimas em constante erro. Elas acreditam que, a cada semana, os valores inexistentes serão repassados. A entrega sempre acaba suspensa em razão de “fatores externos”.

Homem foi preso em flagrante com armas e munições (Foto: Henrique Kawaminami)
Homem foi preso em flagrante com armas e munições (Foto: Henrique Kawaminami)
Presa chegando na Superintendência da Polícia Federal (Foto: Henrique Kawaminami)
Presa chegando na Superintendência da Polícia Federal (Foto: Henrique Kawaminami)
Arma e munições apreendidos com o rapaz de 22 anos (Foto: divulgação/Polícia Federal)
Arma e munições apreendidos com o rapaz de 22 anos (Foto: divulgação/Polícia Federal)
Caminhonete apreendida durante a operação (Foto: divulgação/PF)
Caminhonete apreendida durante a operação (Foto: divulgação/PF)

Os criminosos atraem vítimas em todo o Brasil. Eles agem por meio de redes sociais e de grupos criados em aplicativos de celular, onde são difundidas informações falsas aproveitando da boa-fé e esperança dos “investidores”. Os golpistas, inclusive, enfrentam as autoridades públicas e instituições para tentar manter o esquema. Os presos poderão responder por estelionato, falsificação de documentos, falsidade ideológica e organização criminosa.

Fases - A primeira fase foi deflagrada em 21 de novembro de 2017, com as prisões de Sidinei dos Anjos Peró, Celso Eder Gonzaga de Araújo e Anderson Flores de Araújo. Os dois últimos eram responsáveis pela operação Au Metal. Nesta etapa, a polícia apontou 25 mil vítimas. Com o prosseguimento das investigações, a PF calculou que são 60 mil vítimas em golpes similares ao da SAP e Au Metal. Os três seguem presos.

Em 18 de abril deste ano, a segunda fase da Ouro de Ofir prendeu, em Brasília, Sandro Aurélio Fonseca Machado. De acordo com a investigação, ele se apresentava como sobrinho do ex-presidente José Sarney e emitiu cheques sem fundos com valor de R$ 2 bilhões.

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