Do centro aos bairros, calçadas são intransitáveis ou viram "armadilha"
Se para o motorista já é ruim trafegar por Campo Grande, para o pedestre a dificuldade aumenta. Passeando pelo Centro da Capital até os bairros mais distantes, as calçadas não trazem segurança para o pedestre e, quando há pavimento, se transformam em "armadilhas" para quem não possui um veículo como meio de transporte.
“Isso dificulta muito o tráfego”, admitiu a dona de casa Maria dos Anjos, 59 anos. Ela mora na Rua Ouvidio Corrêa, no Jardim Seminário. Lá as calçadas não possuem o mesmo nível e postes de iluminação impedem o tráfego. É claro, nos lugares que possuem calçadas.
No local, cadeirante precisa andar pelo meio da rua para conseguir chegar até o ponto desejado. “Isso está dificultando, as pessoas não conseguem transitar. Deveriam regularizar isso”, comentou a dona de casa.
Na Rua do Seminário a situação se repete. Mas ali o problema é a quantidade de mato pelo asfalto. Um carro estacionado em cima da calçada, obstrui a passagem do pedestre.
Um pouco mais distante, no Bairro Santo Amaro, a situação ficou um pouco pior. Não há piso tátil, rampas de acesso ou até local para caminhar. Cada casa possui um padrão diferente de calçada. “Está ruim, um idoso não consegue passar”, afirmou Adalton da Silva Nascimento, 22.
Ele frisou que andar pelo bairro é muito “dificultoso” e que muitos deficientes e idosos acabam sofrendo por conta das calçadas. “Tem que andar na rua”, constatou o Adalton.
A falta de calçadas se repete na Rua 14 de julho, Centro de Campo Grande. Os moradores da região precisam usam a rua como “pista de caminhada”, já que a calçada é intransitável. No final da Avenida Mato Grosso, o local onde não possui o pavimento, acabou virando um “lixão”.
Para o pedreiro Manoel Ricardo, 57, na Rua Frei Henrique Coimbra, na Vila Progresso, a situação está lamentável. “Tem muito movimento e quando as crianças saem da escola é perigoso. Esses dias uma quase foi atropelada”, revelou.
“Aqui em Campo Grande tem muita calçada irregular. Até no centro da cidade, onde não deveria ter”, destacou o pedreiro.
Manoel questionou as penalidades para quem não regulariza as calçadas, como na Rua Fernando de Noronha, onde mato tomou conta. “Eles precisam ser multados para tomar vergonha na cara”, cobrou o pedreiro.
A Semadur informou que no período de janeiro à julho deste ano foram realizadas 485 notificações relacionas as calçadas. Conforme a assessoria, rotineiramente são realizados levantamentos e fiscalizações em toda a cidade nesse sentido, e quando autuado, o proprietário da residência tem um prazo para que seja sanada a irregularidade identificada. Caso a irregularidade persista, ele é autuado conforme a legislação vigente.