Dona da Santa do Mel atribuiu a briga familiar acusação de estelionato
Ela é acusada pelo MPE de falsificar assinatura do falecido marido. Defesa diz que filhos dele não aceitam testamento
Dona da Santa do Mel, Sônia Miranda Diniz, atribui à briga familiar a acusação de estelionato, crime pelo qual foi denunciada à Justiça pelo MPE (Ministério Público Estadual).
Em nota à imprensa, o advogado dela, Laércio Arruda Guilhem, explica que antes da união estável com Sônia, José João Rezek foi casado com outra mulher com quem teve quatro filhos.
Na nota, assinada por Sônia e pelo advogado, consta que a primeira família maltratava Rezek, falando várias vezes que o mataria, e por estes motivos ele fez testamento favorecendo a segunda mulher e a filha que teve com ela.
O testamento, consta na nota à imprensa, foi feito sem o conhecimento de Sônia e da filha. No documento, Rezek se mostra indignado com o tratamento recebido dos filhos e netos, e deixa a maioria dos bens para a segunda esposa.
Para a defesa de Sônia, a primeira família de Rezek não se conformou com o testamento e passou a fazer acusações contra a mulher.
“Lamentavelmente, em razão desse testamento, os herdeiros do falecido José João Rezek, usam dos mais diversos expedientes para manchar a honra e reputação de Sonia Miranda Diniz, com o propósito escuso de tentar anular o referido testamento”, fala o advogado na nota à imprensa.
O caso - Sônia foi denunciada por estelionato envolvendo o inventário do seu marido José João Rezek, que faleceu em maio de 2010.
A dona do santuário é acusada de falsificar a assinatura do marido, transferindo a posse de um veículo. O processo tramita na 6ª Vara Criminal.
Em uma ação, os herdeiros do primeiro casamento tentam anular a transferência do veículo, alegando que a assinatura de José Rezek foi falsificada, além de selos de cartório. Já o MPE passou a investigar sobre a autoria da falsificação.
A Santa do Mel ficou famosa após começar a verter no dia 16 de maio de 2007, atraindo a atenção de fieis fervorosos. A Igreja Católica chegou a emitir nota oficial, à época assinada pelo Arcebispo Dom Vitório Pavanello, dizendo que não recomendava visitas.
O padre Oscar Quevedo opinou que se tratava de um fenômeno conhecido, o aporte. "Quando se identifica a pessoa e afasta ela do objeto, pára tudo. Dou dez mil dólares para você se a imagem continuar vertendo mel no caso de a pessoa ficar a uma distância superior a 50 metros do local", afirmou, à época, ao Campo Grande News. A imagem nunca passou por análise.