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Capital

Dono de conveniência faz campanha contra som alto e algazarra

Outdoor reforça a Lei do Silêncio, que prevê multa de R$1 mil para quem descumprir.

Anahi Gurgel | 04/08/2017 18:50
Outdoor na esquina da Ceará com a Euclides da Cunha "avisa" que ouvir som alto nas ruas é crime. (Foto: Marcos Ermínio)
Outdoor na esquina da Ceará com a Euclides da Cunha "avisa" que ouvir som alto nas ruas é crime. (Foto: Marcos Ermínio)

Na movimentada esquina da Avenida Ceará com a Rua Euclides da Cunha, no Bairro Santa Fé, em Campo Grande, o enorme outdoor aconselha: “Som alto é crime. Não se torne um criminoso”.

O “aviso” é uma iniciativa do empresário Naim Ibrahim, proprietário de uma conveniência 24 horas localizada na região, na tentativa de coibir o alto volume do som automotivo que perturba os moradores do entorno. 

“Durante a madrugada, principalmente, é enorme o número de pessoas que compram bebidas alcoólicas e ficam ao redor da conveniência, ouvindo música bem alta, gerando muita relamação da vizinhança”, conta.

Ele possui o negócio há cerca de 1 ano e já se cansou de receber telefonemas de moradores do bairro se queixando da “baderna” que é formada na frente de seu estabelecimento e nas ruas adjacentes.

“Muitos chegam a comprar bebidas em outros lugares, e vêm aqui na minha conveniência consumir e ouvir música até o amanhecer”, afirma Naim.

O empresário, que já havia instalado câmeras de monitoramento, também optou por colocar correntes na calçada para impedir a entrada desse público específico no pátio.

Empresário Naim Ibrahim, no patio de sua conveniência. Campanha pela Lei do Silêncio. (Foto: Marcos Ermínio)
Empresário Naim Ibrahim, no patio de sua conveniência. Campanha pela Lei do Silêncio. (Foto: Marcos Ermínio)

Mesmo tendo alvará para funcionamento 24 horas, quando a aglomeração está muito intensa, chega a fechar a conveniência, e ainda assim, segundo ele, as pessoas continuam fazendo algazarra. 

Quando isso acontece, o próprio Naim é quem liga no 190 solicitando providências da Polícia Militar e garante que o poder público ajuda bastante nesse combate, mas nem sempre é suficiente.

“O que eu quero é fazer valer a lei. Não estou “afundando” meu negócio, como muitos estão dizendo. Muito pelo contrário. Quero que meus clientes e meus vizinhos não sejam perturbados", pontua, reforçando que ele se sente uma vítima da atitude de pessoas que chegam até mesmo a consumir drogas no local. 

Lei do Silêncio - O outdoor informa que som alto é crime conforme a lei complementar nº 259, de 12 de março de 2015, que dispõe sobre a emissão de ruídos sonoros provenientes de aparelhos de som instalados em veículos nas vias e logradouros públicos na Capital.

A legislação prevê multa a quem exceder os limites sonoros estabelecidos por lei utilizando qualquer eletroeletrônico reprodutor, amplificador ou transmissor de sons, seja eles de rádio, de televisão, de vídeo, de CD, de DVD, de MP3, de iPod, celulares, gravadores, viva voz, instrumentos musicais ou assemelhados, em áreas como o meio-fio, as calçadas, a entrada e saída de veículos nas garagens e todas as áreas destinadas a pedestres.

A multa para quem cometer a infração é de R$ 1 mil e pode ser dobrada a partir da primeira reincidência e quadruplicada a partir da segunda multa pelo mesmo motivo, no período de 3 meses. O valor da multa será atualizado anualmente pela variação do IPCA-E (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

Placas na conveniência deixam claro que o espaço está em conformidade com a lei nº 259, de março de 2015. (Foto: Marcos Ermínio)
Placas na conveniência deixam claro que o espaço está em conformidade com a lei nº 259, de março de 2015. (Foto: Marcos Ermínio)
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