Dupla presa com roupas furtadas diz que recebeu ordens "da Máxima"
Os furtos ocorriam a mando de internos do Presídio de Segurança Máxima, por meio de grupo do Whatsapp
Na noite dessa segunda-feira (22), policiais militares do Batalhão de Choque, que faziam patrulhamento pelas Moreninhas, quando funcionários de duas farmácias avisaram que havia dois homens rondando os comércios da região. Os suspeitos de 18 e 29 anos contaram que estavam na região para cometer furtos e também confessaram o furto a uma loja de roupas na Avenida Júlio de Castilho em Campo Grande. Segundo eles, a ordem para os crimes partiam de dentro do presídio por meio de um grupo do WhatsApp.
A dupla foi vista na Rua Ana Luiza de Souza por empregados de farmácias já havia sido assaltadas em ocasiões anteriores. Com medo, eles chamaram a polícia. Policiais do Batalhão de Choque passaram a fazer rondas pela região.
Na Rua Condessa de São Joaquim cruzamento com a Deolinda Pereira de Souza, visualizaram dois homens. Ao perceberem a viatura, um deles arremessou ao chão um objeto não identificado. Durante varredura pelo local, após a abordagem da dupla, os PMs encontraram um simulacro de pistola abandado nado.
Questionados, o suspeito de 29 anos contou aos policiais que dispensou o simulacro pois temeu que os policiais percebessem a intenção da dupla, que era a de roubar o comércio em horário de menor movimento.
Ainda segundo o Choque, os dois tinham características descritas por comerciantes da região da Avenida Júlio de Castilho, onde ocorreram diversos furtos a lojas. Questionado, um dos bandidos confessou ter furtado naquela região e que parte das roupas levadas estavam guardadas na casa de sua irmã, enquanto o restante das peças já tinham sido vendidas.
Eles disseram que a ordem para cometer os crimes vieram de dentro do presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, onde todas as orientações eram feitas via grupo de aplicativo de WhatsApp.
Os policiais foram até a casa do criminoso de 29 anos e lá foi localizado um total de 280 gramas de substância análoga à maconha, uma balança de precisão, um rolo de papel filme, uma tesoura e duas chaves tipo micha. Questionados sobre o entorpecente, ambos afirmam que ambos têm participação na venda do mesmo.
Na casa da irmã do suspeito de 18 anos, foi encontradas algumas peças de roupas provenientes do furto ocorrido em uma loja na Avenida Júlio de Castilho, identificada por etiquetas da referida loja e também um simulacro de pistola.
Eles foram levados para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Cepol (Centro Especializado de Polícia Integrada), onde o caso foi registrado como furto e tráfico de drogas.