“Ele está preso e vai ficar um bom tempo, se Deus quiser”, diz vítima de cárcere
Jovem e dois filhos bebês ficaram cerca de quatro horas sob ameaças e agressões
“Ele está preso agora, vai ficar um bom tempo lá, se Deus quiser”. O desabafo é da jovem de 20 anos mantida por cerca de quatro horas em cárcere em casa com os dois filhos, um deles com apenas 18 dias, ontem à noite. No bairro Guanandi, onde mora, ela falou com a reportagem pelo portão, tentando se esconder e não ser identificada.
Na rápida conversa que ela permitiu, contou que se relacionava com o agressor há cerca de dois anos, mas que o relacionamento tentou ficar mais sério apenas no ano passado, quando o filho deles nasceu. “Mantive mais contato com ele por causa da gravidez. Daí ele saiu do semiaberto e do ano passado tentamos ter alguma coisa mais séria, que daí eu tive o filho dele, porque até então não era nada sério”.
Nesse curto período em que se envolveu com o agressor, a jovem disse que esta foi a segunda vez que foi vítima dele, mas que da primeira foi uma ameaça e não chamou a polícia. Contou ainda que o homem, de 25 anos, chegou em sua casa por volta das 18h de ontem, bêbado e bastante alterado, talvez sob uso de algum entorpecente.
O rapaz entrou no local, trancando ela e os filhos na casa. Começou a gritar e falar coisas desconexas. “Não aceitava o fato de eu ter tido filho com outra pessoa e dizia que eu não estava dando mais atenção pro nosso filho”, disse a vítima.
O homem a agrediu com socos, assim como uma das crianças, e quando isso ocorreu ela começou a gritar. Posteriormente, os policiais contaram a ela que foram chamados pela vizinhança e ela acredita que foi no momento em que ela gritava que os vizinhos ouviram e ligaram no 190.
“A polícia chegou do nada. Eles entraram e ele se escondeu. Daí os policiais falaram que iam embora e voltavam depois, mas deram a volta e pegaram ele”, destacou a vítima, tentando já encerrar a conversa. A jovem disse ainda acreditar que o rapaz permanecerá preso após audiência de custódia amanhã, porque segundo ela, o homem tem diversas passagens por violência doméstica.
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