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Capital

Em 2 anos, Shopping Campo Grande pediu despejo de 13 lojas

Maioria das ações de despejo é motivada por falta de pagamento de encargos com locação

Jhefferson Gamarra | 27/07/2023 07:00
Fachada do Shopping Campo Grande (Foto: Paulo Francis/Arquivo)
Fachada do Shopping Campo Grande (Foto: Paulo Francis/Arquivo)

Após a Loja Marisa ser alvo de ação de despejo, o Shopping Campo Grande entrou com ação judicial pedindo o mesmo destino para franqueada da Óticas Carol, pelo não pagamento de aluguéis, taxas de mídias, condomínio e outros encargos referentes aos meses de março de a junho de 2023, totalizando uma dívida de R$ 56.061,26.

Além do pedido de despejo, a defesa do Shopping Campo Grande solicitou ainda a dispensa de uma audiência de conciliação para a quitação dos débitos, sob alegação de que as partes renunciaram e dispensaram o direito a audiência de conciliação ou mediação na assinatura do contrato de locação.

A Marisa, que desde o início da década passada vive uma longa crise financeira, e as Óticas Carol, que possuem mais de 1.300 lojas espalhadas em todo o Brasil, não são exclusividade em pedidos de despejo no principal e mais antigo shopping da Capital.

Levantamento feito pela reportagem em processos que tramitam em varas cíveis de Mato Grosso do Sul aponta que, em apenas 2 anos, o Shopping Campo Grande ajuizou ações de despejo contra 13 lojas, algumas já fecharam as portas, outras continuam em funcionamento no complexo com o processo de despejo correndo na Justiça, tendo em vista que os embates entre lojistas e administradoras de shoppings geralmente se arrastam por anos.

A maioria das ações de despejo é motivada por falta de pagamento de encargos de locação, como aluguel, condomínio, fundo de promoção e também por denúncia vazia ou imotivada que consiste na intenção do locatário de encerrar a locação e não continuar com o contrato, simplesmente por não lhe convir mais.

Em 2021, a administração do Shopping Campo Grande solicitou judicialmente o despejo da loja de roupas TNG; a renomada marca de acessórios Le Postiche; a cafeteria Café du Centre; e também as voltadas ao ramo da beleza: Morena Mulher e Suelen Barbosa Designer. A única que segue funcionando é a TNG. As lojas de estética foram as que tiveram vida mais curta no local.

Em 2022, os alvos foram a My Box e a loja de roupas masculinas Brothers. Neste ano, os pedidos de despejos foram contra a gigante Polishop; lojas Salinas de moda feminina; a perfumaria Anne Gachet; agencia de viagens CVC e as já citadas Marisa e Óticas Carol.

Procurada pela reportagem, a Associação dos Lojistas do Shopping Campo Grande informou que “não acompanha movimentações jurídicas referentes ao shopping” e que é voltada a acompanhar os investimentos de marketing que envolvem os lojistas. A assessoria do Shopping Campo Grande também e informou que o estabelecimento não comenta sobre as ações.

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