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Capital

Em 2 meses, Capital tem aumento de 98,6% de casos suspeitos de dengue

Alan Diógenes | 22/12/2015 20:00
Tendas emprestadas pelo Exército Brasileiro estão auxiliando no atendimento dos pacientes. (Foto: Fernando Antunes)
Tendas emprestadas pelo Exército Brasileiro estão auxiliando no atendimento dos pacientes. (Foto: Fernando Antunes)
Dentro da tenda, pacientes recebem hidratação e acompanhamento de enfermeiros. (Foto: Fernando Antunes)
Dentro da tenda, pacientes recebem hidratação e acompanhamento de enfermeiros. (Foto: Fernando Antunes)
Diretora de assistência à saúde da Sesau, Rosimeire Arias disse que aumento de casos é devido às chuvas e calor intenso. (Foto: Marcos Ermínio)
Diretora de assistência à saúde da Sesau, Rosimeire Arias disse que aumento de casos é devido às chuvas e calor intenso. (Foto: Marcos Ermínio)

Os casos suspeitos de dengue aumentaram 98,6%, em Campo Grande, se compararmos os números de novembro e dezembro desse ano. O levantamento foi feito pela Sesau (Secretária Municipal de Saúde Pública), que até montou hospitais de campanha em duas unidades de pronto atendimento da Capital.

Conforme a diretora de assistência à saúde da Sesau, Rosimeire Arias Lima, em novembro foram notificados 1.459 casos suspeitos de dengue, sendo que deste 142 foram confirmados. Já em dezembro, o número quase dobrou. Foram 2.899 notificações, mas não houve nenhuma confirmação da doença até o momento.

“As chuvas rápidas aliadas ao calor excessivo faz aumentar a proliferação do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti. Também ainda falta conscientização da população que ainda insiste em deixar os quintais sujos e ainda descartam lixo nas ruas”, explicou Rosimeire.

Diante da epidemia, a Sesau contou o apoio do Exército Brasileiro e montou tendas nas UPAs Vila Almeida e Universitário para atender os pacientes. Cada unidade tem duas tendas com capacidade para seis pacientes, cada uma.

“A tenda é uma extensão do atendimento dentro da unidade. Depois de passarem pelo atendimento médico, os pacientes com suspeita de dengue vão para lá para receber a hidratação venosa e passar por acompanhamento”, destacou a diretora.

Após essa primeira etapa, o médico reavalia o paciente e pede para ele retornar no outro dia para pegar o resultado do exame. Mas, segundo Rosimeire, o exame próprio para dengue não está sendo disponibilizado pelo Ministério da Saúde. “Como está em falta, o diagnóstico é feito através de hemograma e em apenas alguns pacientes”, comentou.

Em cada tenda fica um enfermeiro e dois técnicos de enfermagem. De ontem (21), quando as tendas começaram a funcionar, já foram atendidos 62 pacientes. 12 deles no período da manhã na UPA Vila Almeida, 6 a tarde, e 25 a noite. Na UPA Universitário foram atendidos, de ontem para hoje, 5 pacientes durante a tarde e 14 durante a noite.

Os especialistas acreditam que o maior pico da doença aconteça na segunda quinzena de janeiro do ano que vem. “A tendência é aumentar, por isso é que os agentes de saúde estão na ruas fazendo a orientação para a população e verificando os terrenos. O tipo 1 da doença é o que está sendo registrado e não o tipo 3, mais agressivo e mais notificado na epidemia de 2013”, salientou Rosimeire.

A diretora ainda ressaltou que o único tratamento para a dengue é a hidratação, no posto de saúde é através de soro, e em casa o paciente deve ingerir mais de 2 litros de água por dia. É receitado para o paciente também, segundo ela, os medicamentos Paracetamol e Dipirona, que evita a dor. Pessoa com diabetes e problemas de saúde precisam ter um acompanhamento médico mais cauteloso.

Outros números - Ao todo foram registrados em novembro deste ano 31 casos suspeitos do zika vírus. Em dezembro, foram 290 casos notificados. Como o exame de testagem da doença não é feito em Mato Grosso do Sul, as amostras são encaminhadas ao Estado de São Paulo.

Em relação à chikungunya, foram notificados quatro casos suspeitos em novembro. Já neste mês, foram notificados 46 casos suspeitos.

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