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Capital

Em 20 dias, abril já tem 3 assassinatos a mais do que o mês todo em 2019

Somente na última sexta-feira (17), dois homens foram mortos após uma briga no bairro Los Angeles

Kerolyn Araújo | 20/04/2020 09:34
Sônia Estela Flores dos Santos, 22 anos, foi morta no dia 2 de abril. (Foto: Henrique Kawaminami)
Sônia Estela Flores dos Santos, 22 anos, foi morta no dia 2 de abril. (Foto: Henrique Kawaminami)


Nos primeiros 20 dias de abril de 2020, sete pessoas perderam as vidas de forma violenta em Campo Grande, três a mais do que no mês inteiro de 2019. A última vítima foi Maria Graziele Elias de Souza, 21 anos, encontrada morta na tarde de domingo (19) às margens da BR-262.

O primeiro assassinato ocorreu logo no dia 1º de abril. O funileiro Adimilson Estácio, 44 anos, foi golpeado com uma barra de ferro na cabeça e depois asfixiado até a morte por dois funcionários que trabalhavam para ele em uma oficina mecânica, no bairro Pioneiros. O crime ocorreu após Adimilson descobrir que a dupla havia furtado um cartão de banco e estavam fazendo compras com ele.

O corpo de Adimilson foi encontrado somente na noite do dia 16, enterrado numa área próxima a córrego do município de Rochedo, a 74 quilômetros da Capital. Os assassinos foram presos.

No dia 2 de abril, Sônia Estela Flores dos Santos, 22 anos, foi morta com um tiro na cabeça no Jardim Noroeste. Ela estava em um veículo Chevrolet Celta com o marido e a filha de quatro meses no colo, quando atingida pelo disparo. Segundo a Polícia Civil, a vítima foi assassinada no lugar do marido.

Quatro dias depois, no dia 6, uma briga entre vizinhos terminou com a morte de Elvis Trevisoli Pereira, 32 anos. Ele foi morto a facadas na vila de casas onde morava, na Rua Raposo Tavares, no Jardim Paulista. No dia seguinte, Jucemar de Freitas, 50 anos, se apresentou à polícia e confessou o crime. Em depoimento, ele alegou que matou o vizinho após ser chamado de ladrão e ainda ser ameaçado.

No dia 9, outro crime violento foi registrado na Capital. No Conjunto Habitacional Universitário, Antônia Sales, 72 anos, foi morta a golpes de facão pelo próprio filho, Adão Alves de Sales, 45 anos. À polícia, ele contou que havia bebido e sofrido "apagão" antes de golpear a mãe até a morte.

Maria Graziele Elias de Souza tinha 21 anos e cursava estética. (Foto: Arquivo pessoal)
Maria Graziele Elias de Souza tinha 21 anos e cursava estética. (Foto: Arquivo pessoal)

Uma briga por ponto de venda de drogas terminou com a morte de Matheus Djouseff Carola Reis, 23 anos, e Samuel Francisco Souza Gonçalves, 22 anos, na madrugada da última sexta-feira (17), no Loteamento Vespasiano Martins. Testemunhas contaram à polícia que a confusão envolveu empurrões e “tapas na cara” de David Richard, principal suspeito do crime. Depois da briga,  ele saiu do lugar e voltou, armado, já atirando.  A dupla morreu no local.

Desaparecida desde o dia 14 de abril, Maria Graziele Elias de Souza, 21 anos, foi encontrada morta na tarde de ontem (19) às margens da BR-262. O corpo apresentava ferimentos, mas ainda não há como qual foi o motivo da morte.  O caso está sendo investigado pela DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios).

Segundo dados da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), do dia 1º de janeiro até o dia 19 de abril, 28 pessoas foram assassinadas na Capital.

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