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Capital

Em Bonito, Polícia Federal prende mais um com 30 kg de cocaína

Ações deflagradas nesta manhã ocorreram também em Bodoquena e Campo Grande.

Leandro Abreu | 09/06/2016 15:00
Veículos de luxo utilizados pela quadrilha para lavar dinheiro foram apreendidos pela PF. (Foto: Divulgação/PF)
Veículos de luxo utilizados pela quadrilha para lavar dinheiro foram apreendidos pela PF. (Foto: Divulgação/PF)
Ao todo, 30 carros de luxo foram apreendidos durante a operação na manhã de hoje. (Foto: Divulgação/PF)
Ao todo, 30 carros de luxo foram apreendidos durante a operação na manhã de hoje. (Foto: Divulgação/PF)

Duas equipes da PF (Polícia Federal), que foram para Bonito cumprir mandados de prisão e busca e apreensão pela Operação Nevada, estão a caminho de Campo Grande com mais uma pessoa presa, cerca de 30 quilos de cocaína e uma arma de fogo apreendidos. A ação foi desencadeada na manhã desta quinta-feira (9), com ações em Bonito, Bodoquena e Campo Grande para desarticular uma quadrilha de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Durante uma entrevista coletiva concedida pelos delegados Leonardo Mazotti e Fabrício Martins Rocha, a forma de ação da quadrilha foi detalhada. Três irmãos empresários de Campo Grande são apontados como chefes de narcotráfico internacional. Dois deles foram presos na Capital e um no Estado de São Paulo. No total, 17 pessoas foram detidas, 30 veículos de luxo e 10 armas aprendidas durante a operação. As equipes que foram para Bodoquena não tiveram sucesso no cumprimento dos mandados, conforme a assessoria de comunicação da PF.

Para lavar o dinheiro do lucro ganho pelo tráfico de cocaína, a quadrilha utilizava um “testa de ferro”, que também foi preso durante a operação nesta manhã. O proprietário da Inove Veículos, localizada na avenida Rodolfo José Pinho, comprava e vendia veículos e já teria movimentado R$ 14 milhões. O que chamou a atenção da PF é que o “testa de ferro” declarava uma renda mensal de R$ 6,5 mil, mas entre 2011 e 2014, ele chegou a movimentar três contas em seu nome no valor de R$ 14 milhões.

Tráfico – Ainda conforme a PF, a quadrilha encomendava a droga da Bolívia, que vinha de avião. O entorpecente era lançado pela aeronave em propriedades rurais de Bodoquena e Bonito. Membros da quadrilha eram responsáveis por pegar a cocaína e deixar armazenada na região. Conforme o delgado Mazotti, todo dinheiro do lucro com o tráfico era investido em imóveis de alto padrão e veículos de luxo, para que depois fossem revendidos sem levantar suspeita. O “testa de ferro”, por exemplo, chegou a comprar dois carros no valor de R$ 600 mil cada, para depois passar para frente. A quadrilha declarava uma renda anual de R$ 60 mil, porém o patrimônio deles foi avaliado em R$ 4 milhões.

A Polícia Federal não divulgou o nome dos envolvidos na quadrilha. Conforme o delegado, o processo está em segredo de Justiça.

Investigação – O início das investigações ocorreu há dois anos e nesse período ocorreram oito prisões em flagrante, aproximadamente 778 kg de cocaína apreendidos, assim como US$ 2,2 milhões, R$ 38 mil, uma pistola calibre 9 mm, dois revólveres calibre 38, munições calibre 38, 9 mm e de fuzil calibre 5,56 mm.

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