Em casa inclusiva do Cotolengo, a regra para os moradores será autonomia
Residência com 350 metros quadrados será inaugurada, na próxima quarta-feira, e vai abrigar 10 pessoas com paralisia cerebral
Na próxima quarta-feira (15), o Cotolengo Sul-Mato-Grossense vai inaugurar uma casa inclusiva para 10 pessoas com paralisia cerebral. A ideia é que eles se sintam como integrantes de uma família e tenham mais autonomia.
De acordo com o diretor do Cotolengo, o padre Valdeci Marcolino dez pessoas, com idades entre 19 e 59 anos vão morar nesta casa. “É um serviço de acolhimento, de proteção social para casos de alta complexidade”, resumiu.
Segundo Marcolino, atualmente esses jovens estão em abrigo na Rua Amazonas, sob os cuidados de servidores da Sedhast (Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho), mas já se preparam para a mudança que vai ocorrer na próxima semana.
"Eles já têm autonomia para ir em um cinema, em um shopping, compram as próprias roupas acompanhados de cuidadores. Já faziam isso e queremos manter essa autonomia e inclusão", enfatizou o padre.
A casa inclusiva tem 350 metros quadrados e foi adaptada para receber moradores com paralisia cerebral. Orçada em R$ 213 mil ela foi construída com verba de vaquinha social, grupo Anjos da Guarda, parceria com o Comper Supermercados e o TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
“O objetivo desta casa é que eles se sintam o mais próximo possível de uma família. Com liberdade para conviver, almoçar ali dentro”, diz o diretor, enfatizando que este tratamento mais humanizado tira a ideia de institucionalização.
Doações na pandemia - Marcolino lembrou que o Cotolengo se mantém por meio de doações e estas caíram, em média, 60% durante esse período de pandemia do coronavírus. Com a inauguração da casa, a necessidade deve aumentar.
Os interessados em fazer doações podem ir até a sede do Cotolengo, localizada na Rua Jamil Basmage, 996, na Mata do Jacinto ou ligar no número (67) 3358-4848.