Emha diz que não tem como reassentar famílias afetadas com abertura de ruas
A Emha (Agência Municipal de Habitação) informou que não possui moradias para reassentar as duas famílias de indígenas que ocupam um terreno na Vila Romana, onde serão abertas duas ruas.
Em nota a agência esclarece que o projeto de regularização fundiária da área, segue os moldes da lei e está na fase final de aprovação. Contudo a conclusão do projeto, depende da abertura das áreas para arruamento.
“Para fins de continuidade do processo, é necessário que desocupem o local”, diz trecho da nota.No terreno em questão, a prefeitura resolveu fazer a ligação de vias com outras já existentes no bairro, a Centurião e a Marco Antônio.
O problema é que, no meio do caminho, estão as casas das famílias de Dionísio Piu, 50 anos, e Leidinara Jorge, 26 anos. Dionísio, autônomo, mora com a esposa, os dois filhos de 3 e 1 anos e a mãe, de 80 anos. Já Leidinara vive no local com o marido e os quatro filhos (8, 7, 1 ano e seis meses de idade).
Mesmo com a oferta de um cacique da região para que os moradores se reassentem na comunidade próxima eles se negam a deixar o local, alegando que não tem dinheiro para construir uma nova moradia. A comunidade ocupa área invadida de 3 hectares, onde estão reunidas113 famílias.
Diante da resistência em deixar o local a prefeitura também ressaltou que não tem como realocá-los. “A EMHA informa que não possui moradias para reassentamento, já que no momento há 42 mil famílias em toda a Capital inscritas no Cadastro Único da Agência e que aguardam, de maneira legal, o benefício da moradia de interesse social”, conclui. Segundo próprios moradores, à agência os notificou a deixar o local em até sete dias.