Emocionada, prima revela que menino sente culpa pelo assassinato da mãe
Acusado de ter matado namorada a facadas distraiu o filho da vítima para que fosse brincar na casa da avó
A prima de Katiuce Arguelho dos Santos, 31 anos, morta a facadas em janeiro deste ano, afirma que o filho da vítima, de 13 anos, sente culpa pelo assassinato. Katiuce foi morta com ao menos 18 facadas pelo namorado, Bruno Mendes de Oliveira, 29. Bastante emocionada, Ana Lucia Arguelho, 35 anos, deixou a sala do Júri três vezes.
Ela afirmou que a criança sente culpa por ter deixado a casa da mãe momentos antes do crime. Em depoimento, Bruno confessou que distraiu a criança com um celular e pediu que fosse brincar na casa da avó.
“No outro dia foi aniversário dele e ele teve que enterrar a mãe. Ela não vai voltar, mas temos que fazer justiça pelas crianças”, afirmou.
Ana Lucia também explicou que o namorado era “obcecado” por Katiuce. Bruno, relatou, tinha ciúmes até da família da vítima. “Não é porque ela é minha prima, mas ele mentiu. Ele quer distorcer falando que a Katiuce estava com ele e com o ex, mas não estava”, disse.
Defesa – O defensor público Gustavo Henrique pinheiro afirmou que vai tentar excluir a qualificadora por motivo torpe e o chamado “privilégio” por ele estar “sob efeito de violenta emoção”, o que pode reduzir entre 1/3 e 1/6 da pena.
Crime - Katiuce Arguelho dos Santos, 31 anos, foi assassinada a facadas em 22 de janeiro deste ano pelo namorado Bruno Mendes de Oliveira, 29.
Conforme a Polícia Civil, no corpo da vítima foram encontrados seis ferimentos no braço direito, nove no esquerdo, dois no pescoço e um nas costas. A mulher foi localizada caída de barriga para baixo na sala da residência do namorado. Ela deixou seis filhos. A idade das crianças não foi informada.
Segundo informação de familiares de Katiuce à polícia, a vítima foi a casa de Bruno para contar que havia reatado com o ex-marido. Às 18h18 do dia do crime, segundo a irmã, a vítima respondeu por WhatsApp a última mensagem para o ex dizendo que não iria para o mercado com ele. Estima-se que o crime ocorreu por volta das 18h30.
O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga e foi investigado pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).